Folheei os livros do ano de 1911 até ao ano de 1635, para encontrar o casal de quem descende a minha família, Pedro de Araújo e Maria Alvares.
Se eu tivesse uma fotografia de cada um deles, isto ficaria muito mais bonito, mas como não tenho o remédio é contentar-me com este boneco que não está mal de todo.
Deste simpático casal nasce, no longínquo ano de 1643, uma menina a quem, na Pia do Baptismo, foi posto o nome de Anna. Com a graça de Deus, a menina foi crescendo e fez-se mulher e sendo mulher quis casar-se e formar família.
João, filho de Domingos Pires e Izabel Affonso, foi o escolhido para seu par. Ainda não descobri se ambos os progenitores são de Macieira, mas com o andar dos meus estudos lá chegarei.
O que me interessa é que casaram no Ano da Graça de 1666 e fizeram aquilo que Deus mandou, crescer e multiplicar-se.
Um dos filhos deste casamento, nascido no ano de 1672, foi baptizado com o nome de António e coube-lhe a ele ser o continuador e contribuidor da minha árvore genealógica. O António não esperou ficar velho para se casar e aos 27 anos já tinha conseguido desencantar, na vizinha Villa de Rattes, uma noiva pronta para juntar ao dele o seu destino.
Illena, filha de Estêvão Manoel e sua mulher Maria Francisca, era o nome dessa mulher a quem coube criar a descendência que traria o seu nome até mim.
Tanto quanto consegui apurar, o António mais a sua mulher Illena tiveram 5 filhos sendo a mais nova de todos, de seu nome Rozália, quem ocupou o degrau seguinte na escada dos meus ascendentes.
Nesta fase da história há uma coisa que me custa a engolir, mas os documentos são aquilo que são e rezam que a Rozália nasceu em Julho de 1715 e casou em Agosto de 1727, com 12 anos apenas. Isto parece-me muito pouco plausível, mas depois de ler e reler os registos de baptismo e de casamento uma dúzia de vezes, não me resta outra alternativa senão aceitar que as coisas se passaram assim. Porque teria acontecido é um segredo que não há qualquer hipótese de ser desvendada agora.
Conforme for publicando os baptismos do Século XVIII terei mais certezas quanto aos filhos nascidos deste casal, pois até agora encontrei apenas 3 filhos e com datas de nascimento um tanto ou quanto irregulares, 1733, 1736 e 1743, sendo este último, de seu nome Jerónimo, o continuador da da minha família.
Jerónimo deve ter herdado do pai a vontade de casar cedo, pois aos 21 anos de idade já tinha ido a Goios procurar noiva para se casar e trazer para a sua casa do Outeiro. Maria Alvares da Silva, filha de Joze da Fonseca e Maria Alvares, foi a escolhida para dar ao Jerónimo os herdeiros que manteriam viva a estirpe da família.
Ao que consegui apurar, nasceram deste casamento, no lugar do Outeiro, 7 filhos que usaram o apelido de Alvares Ferreira. O segundo desses filhos, nascido no ano de 1768, recebeu o nome de Joze e foi aquele que deu continuidade à nossa família, já relativamente próximo da nossa era, pois era o avô da minha bisavó Eusébia, a qual nasceu também na mesma casa do Outeiro, viveu alguns anos em Pedra Furada, foi casar a Barqueiros e regressou a Macieira, onde morreu e foi sepultada.
Hilena Maria de Souza, assim se chamava e impôs o seu apelido à família, fazendo esquecer os Araújos, os Ferreiras e todos os outros que a antecederam.
Cinco filhos nasceram do casal Joze e Hilena, duas raparigas primeiro e três rapazes depois. O segundo desses rapazes, nascido no ano de 1817, recebeu o nome de Joaquim, quando chegou a altura de se baptizar e calhou-lhe a missão de dar vida aos meus ascendentes que se seguiram.
Dos irmãos, a Maria, nascida em 1807, a Anna, nascida em 1809, o Manoel, nascido em 1814 e o António, nascido em 1821, pouco vos posso contar, pois preocupei-me apenas em descobrir qual dos filhos deu continuidade à minha família
E por aqui me fico, pois a parte restante da história é recente de mais para despertar algum interesse aos poucos leitores que se aventuram a entrar neste blog
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