quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

O «Avô Jerónimo»!

Havia, em Macieira, no lugar do Outeiro, três famílias que davam pelo nome de Jerónimo. Vou começar pelo «Tio David do Jerónimo» que era o mais conhecido, talvez por ter uma família maior, muitos filhos, um deles muito bem conhecido na freguesia, por causa do táxi que toda a vida conduziu. Depois havia a «Tia Rosa do Jerónimo», uma velhota solteirona que morava mesmo ao lado da casa onde nasci. E, finalmente, havia a «Tia Amélia do Jerónimo» que era casada com um irmão do Tio David e da Tia Rosa. Chamava-se António e no princípio da década de 30, do século passado, foi para o Brasil e por lá se perdeu. Nunca mais deu notícias e, há cerca de 10 anos atrás, correu um processo no Tribunal de Barcelos para ser declarada a sua morte.

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Tinham-me dito que a minha bisavó Eusébia, nascida e falecida em Macieira, era prima direita destes «Jerónimos», portanto, eu assumi que também pertencia a essa famosa família, mas sem entender muito bem como. Comecei por supor que Jerónimo devia ser o pai das pessoas nomeadas acima, mas não era verdade, nem pai nem avô. Deu-me muito trabalho descobrir que o Sr. Jerónimo Ferreira, morador no lugar do Outeiro - fico a pensar que na casa onde, no meu tempo, morava o Tio David - era o trisavô paterno desta gente que foi minha contemporânea.
Três gerações depois, nasci eu. Será que também posso intitular-me «Manel do Jerónimo»?