sábado, 14 de outubro de 2017

Os primeiros Ferreiras!

Foi no registo do baptismo de Margarida, filha de João Ferreira e Illena da Cruz, em 26 de Março de 1681, que aparece o apelido de Ferreira pela primeira vez. Como não aparece, em Macieira, o registo do casamento deste casal, é impossível saber de onde é originário o apelido Ferreira.


O casamento de Domingos Ferreira, filho de Manoel Fernandez e Francisca Lopes, em 25 de Fevereiro de 1685, fez aparecer de novo esse apelido na nossa freguesia. Visto nem o pai nem a mãe usarem este apelido, não sei onde o Domingos foi buscá-lo. A menos que a sua mãe Francisca Lopes fosse a mulher do ferreiro da nossa freguesia. Isso, porque pode ser essa a explicação para o aparecimento do nome Ferreira.


Nos velhos tempos só os homens usavam apelido, as mulheres tinham apenas nome próprio e só um, não dois como agora. Não sei como funcionava nos outros países, mas em Portugal eram os párocos das freguesias que criavam os nomes das pessoas, seguindo velhos costumes, atendendo à vontade dos pais, ou inventando algo que lhe parecesse ajustado. A maioria das mulheres chamavam-se Maria ou Anna e isso criava uma grande dificuldade ao registar as crianças, pois repetia-se muitas vezes o nome do pai e metade das vezes a mãe era Maria, o que deixava poucas alternativas ao abade que já não tinha por onde escolher para evitar a confusão.
Um dia o ferreiro da aldeia apresentou-se para baptizar o filho e o padre perguntou-lhe qual o nome da mãe da criança. Maria, respondeu o ferreiro. Maria tinha sido também o nome da mãe de boa parte das crianças que tinha baptizado nos últimos tempos e assim, para criar alguma diferenciação, registou a criança como filha de fulano de tal e de Maria Ferreira (mulher do ferreiro). Foi ela a mãe e avó de todos os Ferreiras que há pelo mundo.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Casamentos - 1635 a 1640 !

Tinha deixado para trás os primeiros casamentos realizados em Macieira, talvez por serem os que menos curiosidade pudessem despertar as gentes que hoje habitam na minha freguesia. Acabei por verificar, no entanto, que esse interesse é quase nulo, tanto da parte dos mais velhos como dos mais novos, aqueles que estão mais a par das novas tecnologias e frequentam mais a internet.
Entretanto resolvi meter mãos à obra e consegui terminar, hoje, esse trabalho. E vou publicar aqui, em imagens, feitas a partir de uma folha de excel que tenho no meu computador, todos os casamentos realizados desde o primeiro registo paroquial conhecido até ao fim do ano de 1700.


Não podemos esquecer que há muita gente que morou em Macieira e aí criou os seus filhos e lá faleceu também, tendo casado fora, assim como há casais que deram o nó na nossa igreja (a velha) e foram morar para a terra do noivo ou noiva.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Os meus antepassados!


João Lopes, filho de Domingos Pires e Izabel Affonço da aldea de Penedo.
Anna de Araújo, filha de Pedro de Araújo e Maria Alvares, da aldea do Outeiro.
No dia 2 de Janeiro de 1666, celebrou-se o casamento destes dois filhos de Macieira, ele de Penedo e ela do Outeiro de quem descendo eu que também nasci no mesmo lugar do Outeiro, em 1944, quase 300 anos depois.
Uma das razões que me levou a meter-me nesta empreitada de decifrar os velhos registos paroquiais foi descobrir quem foram os meus antepassados. Ouvia dizer que a minha bisavó Eusébia era da família dos Jerónimos, mas não fazia a mínima ideia quem era esse Jerónimo. Agora sei que o Jerónimo era bisneto desta Anna de Araújo (referida acima) e a minha bisavó bisneta do Jerónimo que usava o apelido de Ferreira, herdado do seu pai, Manuel Ferreira, vindo da freguesia de Gueral para casar no Outeiro.
Por curiosidade devo referir que o Jerónimo foi a Goios escolher noiva, cujo nome era Maria Alvares, tal como a mais antiga mulher (conhecida) da minha família, a mulher de Pedro de Araújo. Falta-me saber se ele a foi também buscar a Goios.