quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Solidariedade natalícia!

O Facebook vai servindo para tomarmos conhecimento de coisas que sem ele nunca teriam chegado ao nosso conhecimento. A oferta de cabazes de natal às famílias mais carenciadas, protagonizada pela Associação Viver Macieira, é uma dessas coisas que me teria passado despercebida se não fosse o bendito Facebook.
Esse acto de solidariedade natalícia fez recordar os tempos da minha infância, altura em que havia o costume de oferecer uma medida de vinho e meia dúzia de batatas às crianças das famílias mais pobres que faziam a ronda por casa dos lavradores da freguesia. Eram, normalmente, crianças em idade escolar, as meninas com uma cantarinha de barro à cabeça e os rapazes com um saco de linhagem às costas.
Se bem me lembro, essa ronda era feita nos dias 23 e 24 de Dezembro e no fim da volta lá conseguiam juntar uma arrobita de batatas e aí uns dez litros de vinho, o que os ajudava a ter uma ceia de natal mais bem fornecida do que as suas magras posses permitiam. E sobrava ainda alguma coisa para os dias seguintes.
A dieta dos pobres não passava, habitualmente, de um naco de broa de milho e um caldo de couves galegas, onde nadavam alguns feijões e uma mão-cheia de farinha de milho ajudava a dar alguma consistência. No Natal sempre havia uma espinha ou pele de bacalhau, raramente pouco mais que isso, para dar gosto às batatas generosamente oferecidas pelos lavradores de Macieira.
A vida era dura nesses tempos, nem é bom lembrar!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Anos de 1780 e 1781!


Tantas horas de trabalho para copiar os registos de baptismo, só para ter a certeza que conseguia localizar todos os meus antepassados. E aqui está mais um, o meu tio António, filho de Jerónimo Ferreira, do Outeiro.


O nome de Manoel Gomes Soldado, pai da Thereza, dá-me que pensar. Acredito que foi o pároco da freguesia que o crismou assim, talvez por ele ter feito vida de soldado (profissionalmente) durante algum tempo.


A família Carvalho foi grande no Picoto e é engraçado ver de onde veio o nome de família. Herdado da mãe, Marianna Carvalha, por sua vez filha de Manoel Carvalho da freguesia de S. Cristóvão de Rio Mau. Leitão se era homem, Leitoa se era mulher ou Carvalho como este João que aqui aparece nos registos de casamento de 1781, ou ainda Carvalha, como a sua mãe Marianna. Hoje em dia, é Carvalho ou Leitão para os filhos e filhas e está muito bem.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Ano de 1779!


Chamo a atenção para o casamento de João Francisco da Silva com Maria Pereira, os quais geraram seis filhos que deram origem aos vários ramos da família Novais que já mereceram uma referência especial, aqui neste blog.


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Anos de 1777 e 1778!



Nos baptizados, noto apenas o de Custódia, filha do meu avô Jerónimo Ferreira. no ano de 1777 e no lugar do Outeiro. Mencionei o lugar do Outeiro como local de nascimento da Joanna Ritta, mas não tenho a certeza que assim seja. Os avós paternos são o famoso Manoel Francisco e a, não menos famosa, Theodózia Francisca, pais da família Padrão, moradores no lugar de Penedo, mas não consegui estabelecer o lugar de residência do seu filho António que casou com uma senhora de Braga e não teve mais que esta filha (em Macieira, pelo menos).


Nos casamentos, apenas 4 em dois anos, quero fazer uma pequena referência ao nome Leitão de um dos noivos. É engraçado como é usada a forma masculina para o noivo António José Leitão e a forma feminina Leitoa para a sua mãe, Maria Leitoa. Tanto quanto me foi possível observar, este nome veio de Negreiros para o lugar do Rio e espalhou-se depois por vários lugares. Quando eu era miúdo, morava no lugar do Outeiro, em frente da casa do Tio David do Velho, uma senhora com o nome de Maria Leitoa. Quem sabe se não seria descendente deste Leitão que agora se casou!

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A Lagoa Negra da minha infância!

A Lagoa Negra
“Lagoa Negra! Pélago profundo de águas lutuosas, como a carpir os mortos que tem no seio – negras águas tingidas de escuridade pela caligem de uma noite de Quarta-feira de trevas! -a quantos pobres de Cristo terás tu dado forçado agasalhamento, ó tenebrosa Lagoa Negra”. 
ooOoo
Desde pequenino que ouvia falar na Lagoa Negra. A minha avó materna tinha vindo de lá e de vez em quando este nome aparecia nas conversas entre ela e a minha mãe. Era apenas o nome de um lugar, mas para a mente fértil de uma criança era o suficiente para pôr a imaginação a funcionar. E depois ouvia contar a lenda de um grupo de mineiros que lá tinha desaparecido sem deixar rastos. 
No Século II a.C. (antes da Era Cristã) os romanos entraram em força em Portugal, sofreram forte oposição dos Lusitanos, assassinaram o nosso primeiro grande símbolo guerreiro, O Viriato, deram o primeiro grande impulso à cidade de Lisboa (Olissipo) e marcharam para o norte até atingiram as margens do rio Lima.


Os romanos tinham por objectivo conquistar e dominar todas as terras e gentes que viviam na orla do Mar Mediterrânio, o “Mare Nostrum”, como eles lhe chamavam. Portugal não fica nas margens do Mediterrâneo, mas vem logo a seguir, especialmente para quem se desloca por via marítima, pois mal atravessa o Estreito de Gibraltar com duas rajadas de vento do sudoeste chega a Lisboa. E os romanos depressa descobriram que em Portugal havia algumas riquezas que lhe davam muito jeito, a começar pelo azeite, o vinho e os minérios como o ouro e a prata. Pois é aqui, nesta época, que começa a minha história. 
Tal como hoje, também nesses tempos o ouro era rei. Quem o tinha, tinha o poder e quem o não tinha, era dominado ou escravizado com a maior facilidade. Por essa razão os romanos exploravam qualquer filão que, por artes que ainda hoje não entendemos, se lhes deparava no caminho. Foi o que aconteceu num recanto da freguesia de Barqueiros, lugar que marca a fronteira entre os concelhos de Barcelos (onde nasci) e da Póvoa de Varzim (onde resido).


Quando a minha avó nasceu, nos idos de 1890, já nem sinal das minas de ouro romanas existia, mas apenas uma lagoa de águas escuras que toda a gente afirmava que não tinha fundo e de que tinham um medo danado. Segundo a lenda, um dia as mulheres dos mineiros chegaram trazendo o almoço aos seus maridos, viram as roupas deles penduradas nas árvores, as minas completamente inundadas de água barrenta e dos mineiros nem sinal. A teoria que começou a espalhar-se explicava que eles foram escavando túneis em direcção ao mar, ali a dois ou três quilómetros de distância, e lá chegados a força das águas irrompeu pelos túneis da mina enchendo-a até à boca. E dos mineiros nem sinal, nenhum corpo foi recuperado, o que serviu para dar um ar sinistro à lenda e àquele lugar, pois se acreditava que as almas penadas dos mineiros vagueavam por ali à espera de recuperar os seus corpos para terem um funeral digno. Até hoje, por lá devem andar ainda.
Tinha eu por volta de 10 anos, talvez um pouco menos, quando a minha avó me nomeou seu guarda-costas para a acompanhar em visita aos seus familiares que vivam nessa, para mim fantástica, terra que já fazia parte do meu imaginário novelesco. Entre a freguesia de Macieira, onde residia a minha família, e o lugar de Lagoa Negra iam uns bons dez quilómetros que era preciso vencer a pé por entre bouças e pinhais onde não se encontrava vivalma. É claro que tudo o que eu queria era ver aquela lagoa onde os mineiros tinham desaparecido e, embora “cagado de medo”, ver se avistava alguma das almas penadas que se dizia vaguearem por ali. 
Nem vale a pena contar que depois dos dez quilómetros nas pernas, tudo o que eu queria era descanso e uma vez entrado na casa dos meus primos não mais voltei a sair. Comi o almocinho que nos deram, a mim e à minha avó, descansei bastante e a meio da tarde enfrentamos os dez quilómetros de regresso a casa. E só há meia dúzia de anos voltei àquele lugar, depois da morte das sobrinhas da minha avó que morreram solteiras deixando apenas um filho, nascido de mãe solteira e no mesmo ano que eu. Queria ver o meu primo que há muitos anos não via, saber se tinha constituído família e garantido descendência e, secretamente, levava na ideia a velha cisma de deitar os olhos à lagoa dos mineiros romanos.


Afinal ficou-se a coisa pelo desejo, pois nem desta vez o consegui. Os caminhos servem e mal para a passagem dos tractores agrícolas e para quem não quer andar a pé, como é o meu caso, o lugar é inacessível. Ainda por cima, acompanhado pela minha mulher que me acusa de a levar sempre para sítios esquisitos, não me restou outra solução a não ser abandonar a ideia e contentar-me apenas com a visita aos meus primos (uso o plural porque ele tem filhos e netos também). Por conseguinte e para vossa informação, a única visão que tenho da Lagoa Negra é a que podeis ver na imagem acima.

Anos de 1775 e 1776!

Hoje, não me sinto particularmente inspirado, nem os nomes que constam das imagens abaixo me despertam grandes memórias, por isso vou limitar-me a publicar os dados apurados para apreciação de quem estiver interessado.




domingo, 20 de dezembro de 2015

Anos de 1773 e 1774!



Nos nascimentos apraz-me dizer que a Felicidade, filha do meu avô Jerónimo, parece que afinal se chama Felícia, o que consegui descortinar através de outros documentos que me passaram pela frente dos olhos. Achei que não valia a pena corrigir e fica assim mesmo.


Nos casamentos, de notar o de Maria Francisca, irmã do José e do Manuel do Padrão, que casou com o António José, de Courel, e deve ter-se mudado para essa freguesia, pois não há registos de filhos desse casal em Macieira.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Ano de 1772!


Um grande ano de Nascimentos, em Macieira, como se pode ver pela imagem acima. Ano de nascimento das Marias, filhas de Manoel Francisco e de João Francisco que tiveram sortes muito diferentes. Talvez um dia as conte aqui, se tiver oportunidade.


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Mais 3 anos - 1769, 1770 e 1771!


Neste ano de 1769 não houve qualquer casamento. Nos baptismos começa a notar-se o aparecimento do lugar do Xisto (ou Sisto, como também aparece, às vezes) que não tenho a mínima ideia onde ficava. Também o lugar da Pena, onde morava a Leogarda (mãe solteira), não me parece que exista. Diria que o lugar da Pena, da vizinha freguesia de Negreiros, ao fundir~se com o do Picoto, da nossa freguesia, poderão ter influenciado o pároco a trocar um pelo outro



Nos anos de 1770 e 1771 não foram muitos os baptizados. Gente conhecida, apenas o meu tio Manoel, filho de Jerónimo de Sousa, do lugar do Outeiro. Para além da família do Custódio Gomes, do lugar da Cruz, que continua a aumentar.


O ano de 1769 sem casamentos e o ano de 1770 com apenas um poderiam resultar num 1771 cheio deles, mas assim não aconteceu. Aconteceram apenas 3, como se pode ver pela imagem acima. Um deles é o de Manoel Francisco, irmão de José Francisco (do Padrão) e pai daquelas 4 crianças falecidas num curto espaço de tempo e que, por essa razão, me mereceram uma publicação especial. Tenho a certeza absoluta que neste dia feliz em que se casou, estava longe de pensar nas tristezas que lhe cairiam em cima alguns anos depois. 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Vinho para a Póvoa!

Para quebrar um pouco a monotonia das publicações que tenho vindo a fazer e que admito sejam cansativas para quem não tem o mínimo interesse por elas, vou falar-vos de um costume que, há muitos anos deixou de existir, na nossa freguesia de Macieira. Diria que foi o advento dos transportes motorizados que acabou com esse velho costume que se praticava ainda quando eu era rapaz da Escola Primária.
Estou a falar do transporte de pipas de vinho, em carros de bois (quase sempre vacas) para a Vila da Póvoa, ou para a povoação piscatória das Caxinas, esta pertencente ao concelho de Vila do Conde. Pouco depois da meia-noite era preciso fazer-se ao caminho para fazer uma penosa viagem que demorava aí umas boas 5 horas até ao destino.


À noitinha, preparava-se o carro com a pipa bem amarradinha e depois de duas ou três horas de sono dormido à pressa, era só chegar as vacas ao carro, meter a chavelha no sítio, agarrar na soga e ala que se faz tarde.
Ao raiar do dia e com o cheiro da maresia a acariciar as narinas, o moço de lavoura encarregado do frete entregava a pipa ao taberneiro a quem se destinava e rumava à praia para carregar o carro com sargaço, o estrume do mar, que era usado como fertilizante natural para adubar as terras e melhorar as colheitas.


As marés vivas do inverno e primavera enchem as praias de sargaço e alguém tem que o apanhar para que fiquem limpas para a época de banhos. Hoje nem tanto, mas antigamente era uma benesse para as gentes pobres da beira-mar, pois recolhiam-no e vendiam-no aos lavradores das freguesias vizinhas.


Outras vezes, era pilado (caranguejo seco) em vez de sargaço que constituía a carga que as pobres vacas tinham que arrastar até Macieira. O dia já ia longo para elas e pouco mais tinham comido que um molhito de palha de milho que tinha sido carregado no carro, juntamente com a pipa do vinho, para lhes servir de almoço.
E depois havia que enfrentar o caminho de regresso, arrastando a carga até casa do patrão, e o caminho não era fácil. A subida da Mata, ao atravessar a freguesia de Touguinhó, e a Serra de Rates, entre S. Cristóvão de Rio Mau e S. Pedro de Rates, eram provas que não se podiam evitar no caminho para casa.
Com um pouco de sorte, lá para o meio da tarde, o moço, cansado de tantas horas a segurar na soga e com perto de 40 quilómetros nas pernas, avistava a torre da igreja, lá no alto do Outeirinho, e sabia que estava prestes a chegar a casa e, finalmente, dar um pouco de descanso às pernas.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Ano de 1768!


Ano de nascimento do meu avô José, filho de Jerónimo Ferreira. Podia dizer que foi um ano de boa colheita, pois ele teve bastantes filhos e ainda mais netos. A exemplo da minha mãe que sendo sua descendente pela linha materna também deu a Macieira 12 filhos. Melhor dizendo, 11 filhos, pois o mais novo já nasceu na freguesia de Touguinha, concelho de Vila do Conde.


Nos casamentos, a minha atenção é atraida pelo nome de João Francisco, neto da Izabel Martins, do Picoto, que casou com Maria Gomes, neta de Pedro Gomes, de Courel, e deram ao lugar do Picoto uma grande família.
Como há uma série de filhos de pai incógnito na ascendência desta família não é fácil estudar a sua árvore genealógica. Por ser vizinho e contemporâneo do João Francisco da Silva, avô da família do Novais, do Rio, perdi muitas horas a desenrolar este novelo e, por isso, me é familiar o nome.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Os Mariz de Macieira!

Houve outros Mariz, na nossa freguesia, inclusivé um que veio directamente de Cristelo casar em Macieira, durante o Século XIX, mas estes dois rapazes, o José e o João, filhos de Miguel dos Santos Mariz, de que falei na publicação anterior, foram quem trouxe o nome para Macieira.
José, o mais velho, escolheu para se casar uma neta do Manoel Francisco Padrão, filha de pai incógnito, que, veio-se a saber na altura do casamento, era filha do Manoel Lopes, do Rio, este casado com uma filha do António Martins, do Outeiro. Se o pároco não o tivesse plasmado no assento de casamento, nunca eu o viria a descobrir, 225 anos depois. Ele com 25 anos de idade e a sua Maria Jozefa com apenas vinte, começaram a trabalhar para aumentar a população do Outeiro e trouxeram ao mundo 10 filhos, 7 raparigas e 3 rapazes, como podem ver na lista abaixo. Em 1816, quando nasceu a filha mais nova, já a mãe tinha 46 anos, o que corresponde a um longo período de fertilidade.


O seu irmão João que lhe seguiu as pisadas até Macieira, escolheu para noiva uma filha do Manoel Lopes de Miranda, do lugar da Igreja. Casaram em 1996 e tiveram o primeiro filho dois anos mais tarde, teria a mãe cerca de 26 anos. Quando, em 1811, nasceu a sua filha mais nova, não tinha ainda completado 40 anos de idade, ou seja, teve um período fértil mais curto que a sua cunhada.
Pela repetição do nome do primeiro filho, fica-nos a impressão de que este deve ter morrido pouco depois de nascer, cedendo o nome ao seu irmão que nasceria logo no ano seguinte. Com a continuação das minhas investigações acabarei por descobrir isso, muito embora pouco interesse tenha para o caso.
Ao fim de mais de 200 anos, quero crer que nenhum dos Mariz que hoje habitam a nossa freguesia será capaz de identificar, entre os nomes mostrados acima, algum dos seus antepassados. Nos registos de casamento, do Século XIX, já publicados neste blog, talvez se encontrem alguns destes nomes, mas os que faleceram solteiros ou casaram fora de Macieira perderam-se para a história que vos estou a contar.
Estou a fazer um registo dos baptismos do Século XIX (a partir de 1801) e lá mais para diante começarão a aparecer os netos destes Mariz. Logo que encontre o primeiro, virei aqui dar continuidade a esta história de família.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Três anos de uma assentada!



Nos baptizados fico-me apenas por uma breve referência ao baptismo da Maria, filha do meu avô Jerónimo Ferreira que começava a formar a sua família no lugar do Outeiro.



E também nos casamentos outra breve referência ao caso da Mariana Ferreira, irmã do meu avô Jerónimo que foi buscar um noivo a Rates. De Gueral e Goios tinham vindo os seus antepassados, mas ela decidiu rumar a sul.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Miguel Mariz!

Como se pode ver na publicação anterior, referente a esta família. Miguel foi o filho mais novo de Domingos Gonçalves, da Ribeira de Gueral, e nasceu no ano de 1722. Tive sorte em encontrar o seu registo de casamento, em 1754, e o do seu filho José, em 1755, porque depois disso não há registos na freguesia de Gueral até 1811.


De qualquer modo, como me interessavam apenas os dois filhos que vieram casar e viver em Macieira, não me causou mal de maior. Um dia que vá a Braga poderei verificar se o livro não existe de facto, ou se falta apenas a digitalização das imagens.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Ano de 1764!


Um ano em que os casamentos quase ultrapassam os baptizados, tantos que por pouco não os conseguia agrupar numa só imagem.
Na terceira linha dos baptizados, o pai da Maria chama-se Francisco e não Francisca, como erradamente aparece na imagem que gravei.
Nos casamentos. muitos noivos e até uma noiva vindos de fora da freguesia. Fico a pensar se foram os homens que vieram aumentar a população de Macieira ou, pelo contrário, levaram com eles as raparigas de Macieira para as suas terras. Tenho que ficar atento aos baptizados do próximo ano.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Ferreiras e Mariz!


Começo esta publicação pelos Ferreiras por serem os meus antepassados directos. Ainda hoje, em Macieira, há quem seja conhecido por ser da família do Jerónimo. Estou a referir-me aos filhos, netos e bisnetos do Tio David do Velho. Pois, este Miguel Alvares Ferreira, nascido em Negreiros e casado em Gueral, era o avô desse famoso Jerónimo, este já nascido no Outeiro. Não tenho forma de o provar, mas estou convencido que o Jerónimo Ferreira nasceu e morreu na mesma casa onde viveu e morreu o Tio David que era seu bisneto.
A Maria Gonçalves, da Ribeira de Gueral é o elo de ligação com a família Mariz de que falo abaixo, através do seu irmão Domingos que lhe deu origem, na freguesia de Gueral.


Tendo ficado viúvo muito cedo D. Miguel foi a Chavão buscar a Maria da Silva e continuou a aumentar a sua família, em Gueral. Pode ter tido mais filhos, mas ao encontrar a Thereza, 2ª filha deste 2º casamento, parei as minhas pesquisas, pois ela era a ligação que procurava entre Ferreiras e Mariz, para além do facto de serem primos entre si.


E agora os Mariz. O Domingos Gonçalves, da Ribeira, descobriu a sua Maria em Cristelo. Trouxe-a com ele para Gueral e com ela o nome de Mariz que passou aos seus filhos. O último desses filhos, o Miguel, viria a encantar-se com a sua meia-prima Thereza com quem casou, no ano de 1754. E deste casal houve dois filhos que foram casar e viver em Macieira. Mas isso é outra história que fica para o próximo capítulo.
Quanto aos outros filhos da Maria Mariz, o Francisco foi padre e morreu aos 25 anos quando começava a sua actividade como presbítero. O Basílio creio que morreu em criança, mas não encontrei o óbito. A Custódia foi mãe solteira de uma menina e perdi-lhe o rasto. A Joanna e a Michaela casaram em Gueral e foram, com certeza, as progenitoras dos Mariz que eu conheci em Gueral, em meados do Século XX.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Lugar da Cruz ou Crux!


O nome deste lugar começou a aparecer nos assentos de baptismo nos meados do Século XVIII e já não existe hoje. Não faço a menor ideia onde ficava esse lugar, mas há qualquer coisa que me leva para Penedo e acreditar que foi ali que ele existiu.
Foi o baptismo da primeira filha de Custódio Gomes e Maria Antónia, no ano de 1758, que fez este nome constar dos registos pela primeira vez. No registo de casamento deste casal consta que ambos eram residentes no lugar de Penedo e talvez seja isso que me leva a crer que fosse aí, em alguma propriedade dos pais, que o casal tenha construido a casa onde ficaram a morar e nasceu a sua primeira filha, a Maria.
Penedo era, originalmente, tudo que havia entre Macieira e Rates. Mais tarde surgiram lugares como a Cumieira, em 1759, Minas e Pinguelinha, mais tarde. Estes últimos lugares ficam no caminho que segue para Rates, enquanto que a Cumieira fica no que vai para Courel. Na intercepção destes caminhos, há um outro que vem dar onde hoje existe a Junta de Freguesia. Esse lugar onde os quatro se encontram bem pode ser o tal lugar da Cruz que fica bem no centro do actual Penedo.
Mas isto sou eu a imaginar coisas. Se houvesse algum descendente vivo do Custódio Gomes, em Macieira, que se lembrasse onde era a casa deste seu antepassado, poderia esclarecer isto e tirar-nos todas as dúvidas. De qualquer forma fica aqui o alerta para algum macieirense mais atento que queira comentar.

Anos de 1762 e 1763!






quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Padres y compadres!


Dois casais do lugar do Outeiro, dois filhos, duas filhas e dois casamentos cruzados que podem nada ter a ver com amor ou atracção mútua entre os jovens noivos. Para mim que sou um tanto ou quanto frio na análise destes fenómenos, cheira-me a jogo de interesses para concentração ou aumento de património.
Desde que completei a lista de nascimentos do Século XVII que tinha isto guardado como curiosidade que valia a pena publicar neste espaço dedicado à nossa freguesia. Entretanto, a minha atenção foi desviado por outros assuntos e esqueci-me, por completo, de o fazer. Fica, assim e agora, cumprido o meu propósito.