domingo, 26 de junho de 2016

Aldeia de Baçar!

As pesquisas sobre as origens da família Mariz levaram-me até à «Aldeia de Baçar», povoação meeira entre Cristelo e Barqueiros que hoje existe apenas como lugar. Na historiografia de Barcelos está referenciada a «Casa dos Mariz» como uma das mais importantes de Baçar.

Barqueiros:
Durante séculos a freguesia estruturou-se ao longo dos vales periféricos: lugares de Prestar, Jouve, Barqueiros (ou Igreja), Vilares e Lagoa Negra. O núcleo mais povoado na atualidade: Necessidades, Terreiro das Necessidades, Abelheiros, Telheiras e Godo eram territórios despovoados e baldios. Mesmo o alto do Monte de Bassar do Couto de Apúlia – onde está o Santuário das Necessidades – era despovoado e com muitos baldios no séc. XVIII.

Note-se que o Monte de Bassar ou Aldeia de Bassar englobava os lugares de Cerqueiras, Bassar e Talhos. Era administrado pela Câmara do Couto de Apúlia e era meeiro entre as paróquias de S. João de Barqueiros e Salvador de Cristelo.


Os primeiros Mariz que usaram este apelido foram os filhos de Jacome Domingues, de Fonte Boa, casado com Maria Dias, da Aldeia de Baçar. Na segunda metade do Século XVII, data em que nasceram os filhos de Jacome Domingues e Maria Dias, Baçar funcionava como povoação autónoma, mas não tinha paróquia. Assim os casamentos e baptizados eram celebrados pelo pároco de Barqueiros ou Cristelo, conforme a disposição do momento. O assento de casamento está em Barqueiros, o baptismo do primeiro filho, Thome Manuel, em Cristelo e o dos seguintes, mas não todos, em Barqueiros.
Somando a isto a dificuldade em ler a caligrafia do pároco de Barqueiros, à época, torna-se quase impossível seguir a história desta família. Felizmente não acontece o mesmo com o pároco de Barqueiros, ou seja quem for que lhe redigia os assentos, como se pode ver pelo documento seguinte:


O padrinho referido acima, Thome Manoel de Mariz, é o primeiro filho de Jacome Domingues e, como se vê já usa o apelido de Mariz. Só não consegui estabelecer onde o foi buscar, mas sendo a sua mãe de Baçar é bem provável que fossem os pais desta os detentores da famosa «Casa dos Mariz» de Baçar.
Uma das irmãs deste Thome, de nome completo Maria Dias Mariz, casou com Miguel Domingos Gonçalves, da Ribeira de Gueral e foram os seus descendentes que trouxeram o nome para Macieira. Também os Alvares e os Ferreiras que casaram e vieram morar para o lugar do Outeiro, pertencem à mesma família, pois descendem dos Mariz de Cristelo e/ou dos Gonçalves da Ribeira de Gueral.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Os Mariz de Cristelo!

No ano de 1869 casou, em Macieira, Manuel Domingues Mariz, mas foi viver para a sua freguesia de origem, Cristelo, e lá lhe nasceram os filhos. Quando publiquei a história dos Mariz, de Gueral, que vieram casar a Macieira e aí ficaram a residir, prometi investigar a história deste Mariz de Cristelo. Pois bem, só hoje tive oportunidade de dedicar um pouco de tempo a esse assunto e descobri que houve 5 gerações com o apelido de Domingues Mariz.
O pai do Manuel - nascido em 1845 - chamava-se António, o avô Manuel, o bisavô Francisco e o trisavô Manuel. Com um salto de 25 anos em cada geração, poderia dizer que o mais velho Mariz que consegui localizar deve ter nascido por volta de 1730. E todos se chamaram Domingues Mariz, tal e qual como o Manuel que, em 1869, se veio casar em Macieira com a Luiza Maria da Silva.
Deixo aqui o assento de casamento do avô Manuel, acontecido em 1808, para aqueles que se quiserem dar ao trabalho de decifrar.
Os Mariz de Gueral, de quem descendem os de Macieira, podem ser parentes destes de Cristelo, mas isso fica para outra altura.