sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Os espigueiros!

 

Soube, recentemente, que o espigueiro mais bonito de Barcelos está em Macieira. Tenho que ir lá vê-lo e fotografá-lo para mostrar aqui aos meus leitores. Para quê ir ao Soajo (que é tão longe) se o melhor está na nossa freguesia?

Infelizmente, Macieira não tem grandes motivos de interesse, portanto temos que aproveitar tudo o que aparece para engrandecer a nossa terra. Ultimamente, tem sido o «Alto da Mulher Morta» a atrair as atenções. As melhorias introduzidas no «Caminho de Santiago» que atravessa a nossa freguesia, com o arranjo do parque de descanso e a plantação de algumas árvores de fruto para embelezar o local despertaram a minha curiosidade, mas ainda não tive oportunidade de o visitar.

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O quadro acima mostra os antepassados da família que é dona do espigueiro, actualmente. Não consegui reunir todos os dados, mas decidi publicar isto mesmo assim. Se algum membro da família, ainda vivo, me puder ajudar a preencher as falhas eu agradeço.

domingo, 21 de novembro de 2021

Dorna, cuba ou baça?

 Na faina das vindimas e do vinho, usa-se (ou usava-se no meu tempo) uma vasilha para ferver o mosto a que se dava o nome de BAÇA. Hoje, fui consultar o dicionário da Língua Portuguesa e verifiquei que tal palavra não existe. O nome correcto é DORNA ou CUBA, embora este último nome não traduza, exactamente, a ideia do que vos quero transmitir. Vamos ficar pela BAÇA e assumir que é um regionalismo próprio da nossa terra, uma coisa só nossa, o que nos deve deixar orgulhosos.

Ponte da dorna - Castro Laboreiro, Gerês

A vida da lavoura e dos lavradores era muito dura, na primeira metade do Século XX. Máquinas agrícolas não havia, nem tão pouco dinheiro para comprá-las. O trabalho era feito à mão e com a ajuda de animais domésticos que puxavam as alfaias agrícolas. Lavrava-se a terra, com recurso ao arado, e onde ele não chegava era preciso cavar à mão. Hoje, faz-se o trabalho com tractores e onde ele não vai ... fica por fazer, já não se usam cavadeiras.

Este é o panorama em que decorre a curta história que vos vou contar e que se passou, de facto, na nossa aldeia, na década de 50 do século passado. Um jovem casal vivia num lugar bastante remoto da freguesia, tinha dois filhos muito pequenos, um ainda bebé, e labutavam o seu sustento nas poucas terras que tinham herdado de seus pais como dote de casamento. Era uma vida dura, isso vos posso garantir.

Para terem as mãos livres para trabalhar, os pais metiam os miúdos dentro de uma baça, punham-na em cima do carro de bois e seguiam para o campo. Se estava bom tempo, senão ficavam em casa, debaixo de um coberto, onde se guardavam palhas e utensílios agrícolas. Se seguiam com os pais para o campo, tudo o que havia dentro da baça era uma chupeta para o mais pequeno não chorar. A meio do período de trabalho, a mãe ia vê-los e dar-lhe qualquer coisa de comer. Se ficavam em casa deixavam-lhes um naco de broa de milho para irem enganando a fome, até a mãe regressar a casa para fazer o almoço. Dos dois o mais velho era uma menina que devia andar pelos 4 anos de idade, o seu irmãozinho não tinha ainda dois.

O recurso à baça era por uma questão de segurança, assim não corriam o risco de se magoarem. Estavam presos, como um cão na trela, e assim os pais podiam dedicar-se ao trabalho sem a preocupação de verem os filhos aleijar-se. Mas tinha um grande inconveniente, não havia lugar para as necessidades fisiológicas e quando o momento chegava, só lhes restava chafurdar na porcaria até a mãe chegar para resolver o problema.

Os dois irmãos cresceram assim, passaram muitos dias dentro da baça e, por conseguinte, não admira que tenham ficado um bocado estupidificados, em especial, o miúdo mais novo que foi criado pela irmã, como um macaquinho é criado pela sua mãe, sempre pendurado no seu pescoço. Já maiorzinhos, quando se viram livres da baça, era vê-los sempre juntinhos, onde ia um ia o outro e a despesa da fala era só com ela, ele mal levantava os olhos do chão. Tiveram uma infância muito triste, mas ganharam uma afeição um pelo outro que era digna de se ver. Nisso eram um exemplo na nossa freguesia.

domingo, 14 de novembro de 2021

Passei por aqui!


 E não quis sair sem deixar duas palavras. O ano de 2021 está quase a acabar, foram poucas as publicações feitas desde janeiro até agora e as coisas não tendem a melhorar. O blog dos combatentes está às moscas e este pouco menos que isso, não há quem puxe pela carroça e ela assim continua imóvel. Uma espécie de morto-vivo!

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Coisas modernas!

Hoje, não há coisas antigas, mas sim imagens actuais da nossa freguesia feitas a partir do Google Earth. Para quem não conhecer as ruas e caminhos da nossa aldeia, pode vê-los aqui com alguma nitidez. Quando era miúde de Escola Primária, eu ia muitas vezes a Negreiros usando um carreiro que começava no Monte do Adro e acabava no lugar da Mocha (cruzamento da estrada de Chorente com a de Grimancelos). Saía da Fonte do Outeiro, passava pela casa do Genro, pela azenha do Gamelas e depois, pelo meio de campos e bouças, até à Pena, passando ainda por algumas casas do Picoto (lembro-me que morava ali o meu colega de carteira, na escola da Professora Alexandrina, o Delfim do Silvestre) e depois a Mocha (ou Moicha, como dizíamos) meu destino final.

Hoje, não resta nada desses caminhos e carreiros por onde rompíamos a sola dos pés (porque sapatos era coisa que não havia). Por onde não caiba um carro, ou pelo menos uma bicicleta, já não passa ninguém e o mato e silvas tomam conta de tudo. É o desenvolvimento! Os antigos carros de bois foram trocados por potentes tratores e isso trouxe uma grande mudança, basta olhar com cuidado para as imagens que aqui deixo para ver a quantidade de terrenos cultivados, onde antigamente só havia pinheirais. O tempo não pára e o mundo também não.

Estou a chegar aos 80 anos e metade dos meus colegas de escola já partiram deste mundo. O Quim Pimpa e o seu primo Amaro, o Luciano do Mouro, o Geraldino do Padrão, o Armando da Venda, o Tone Pitoilo, o Serafim Farinheiro e, provavelmente, mais alguns que desapareceram sem eu dar por isso. Mas nem vale a pena falar nisso, a vida é mesmo isso!


Talho de Baixo
Fareleira
Carreiro

Modeste

Gandarinha
Outeiro
Travassos

Modeste

Picoto
Leste da freguesia

Fareleira

Centro da freguesia

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Um pouco de História!

 O meu antepassado mais remoto foi o Sr. Pedro de Araújo, cuja descendência podem consultar na imagem abaixo.

Admitindo que houve apenas um Pedro de Araújo, ele foi casado com Maria da Luz, de quem teve duas filhas, no lugar do Outeiro. Depois enviuvou e voltou a casar-se com Maria Alvares e ficou a morar no Picoto, onde nasceram mais três filhas e um filho, de nome Bento, que casou e criou família em Macieira.
Tendo dado o nome de Anna à primeira filha do seu segundo casamento, sou levado a crer que a primeira filha desse nome terá, entretanto, falecido. Com tempo procurarei consultar o Livro dos Defuntos e ver se encontro o registo destas duas mortes, mãe e filha.

Escolhi, hoje, falar sobre a origem do nome Araújo que é parte integrante da minha história de família. Ora vejam, aqui abaixo, o excerto que retirei da Wikipédia:

O progenitor do sobrenome de Araújo provavelmente é Dom Rodrigo Annes, que foi senhor do Castelo e das terras de Araújo localizadas ao sul do Reino da Galiza, na província de Ourense, esse castelo ficava na fronteira entre o Reino da Galiza e o norte de Portugal, alguns apontam o cavaleiro Vasco de Araujo, como o primeiro a utilizar de fato esse sobrenome.

Segundo diversos historiadores, Dom Rodrigo Annes de Araújo, era descendente de membros das famílias reais do Reino de França e do Reino da Borgonha através de um nobre cavaleiro francês chamado Iohannes Tirante, também conhecido como Jean Tiranothe, ou João Tirante em português, [2]este cavaleiro francês juntamente com grande número de cavaleiros da França e da Borgonha, participaram das batalhas da Reconquista na Península Ibérica, ajudando a expulsar os mouros e defender os reinos cristãos, terra reconquistada eram doadas para os cavaleiros que participavam das batalhas, bem como outros privilégios reais.

O Castelo de Araújo,  localizava-se na região de Ourense, no atual município de Lobios, próximo ao Minho, foi um antigo castelo militar medieval, que existiu na fronteira entre os antigos reinos da Galiza e de Portugal  Pesquisas arqueológicas modernas, apontam sua existência entre os séculos XII, quando provavelmente começou a ser erguido, e o século XV, quando foi subitamente destruído.

Segundo alguns escritores, os senhores do castelo de Araújo, seriam descendentes de nobres das antigas famílias reais dos reinos medievais da França, Borgonha, e da nobreza galega. Além do senhorio do Castelo e das terras de Araújo, estes nobres também foram senhores de outros castelos e terras, em Portugal.

As terras de Araújo, onde se situava o castelo da família, receberam o seu nome de uma planta que era muito comum naquela zona (vale do rio Lima) e de que vos mostro algumas imagens.

Araúja - Flor e fruto

Araúja - Árvore com flor

Árvore com fruto

No texto que retirei da Wikipédia lê-se que «foram senhores de outros castelos e terras, em Portugal», ou seja, está explicada a razão que trouxe o Pedro de Araújo, ou os seus antepassados, até ao Lugar do Outeiro, da nossa freguesia de Macieira. E se reproduziram, ao longo dos séculos, chegando até 1944, ano em que eu nasci.

Podem chamar-me Sr. Manuel de Araújo que eu não me importo!


domingo, 6 de junho de 2021

A »Família Domingues»!

Domingos e Domingas foram dois nomes muito usados, em Macieira, no passado. Talvez ainda existam muitos, hoje, mas tirando o Padre Domingos (do Salvador) não conheço nenhum. Mas não é de admirar, pois saí de Macieira, em 1955, com 11 anos de idade e raras vezes lá voltei.
O apelido Domingues que, segundo a tradição latina, significa "filho do Domingos" era também um dos mais comuns, na nossa freguesia, no Século XVII, quando começaram a ser feitos os »Registos Paroquiais», percursores do Registo Civil dos tempos modernos. Havia famílias com este apelido em quase todos os lugares da freguesia. Atentem no quadro abaixo:

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A data refere-se ao baptismo do primeiro filho que cada casal registou. Os registos começaram, em Macieira, no ano de 1635 e, sabe Deus, quantos Domingues houve antes disso. O nome de Domenico (depois Domingos) deve ter sido introduzido pelos romanos, durante o primeiro milénio e o apelido Domingues veio logo a seguir com o primeiro filho desse primeiro Domingos.
No Século XVIII já houve menos Domingues e no Século XIX menos ainda. Apelidos como Ferreira, Costa, Silva, Novais, Leitão e, principalmente, Francisco foram ocupando o seu lugar. Nomes próprios, como Francisco, António, André, Manuel e João eram também usados como apelido. Francisco foi o mais comum de todos, não só em Macieira, mas também nas freguesias vizinhas de Rates, Courel, Negreiros, Chorente e Arcos. Houve um período em que eram tantos Franciscos que o pároco da freguesia tinha dificuldades em fazer os registos sem haver confusão. De modo que tiveram que recorrer a vários truques, inclusivé, usando alcunhas, como "O Cego", "O Manco", "O Velho", "O Novo", etc.
O lugar do Rio foi dominado por Domingues, desde o início dos registos até ao ano de 1814 (ver imagem abaixo), ano em que foi registada a Francisca, filha de José Domingues e de sua mulher Thereza Maria. Depois disso vieram os Ferreiras, Silvas, Santos, Soares, Fernandes, Leitão e Novais que tomaram o lugar dos Domingues.



O último Domingues de que tenho registo é do ano de 1896, José Domingues da Costa e sua mulher Maria Campos, do lugar de Penedo e, antes desse, José Domingues de Araújo e sua mulher Maria Josefa, no ano de 1859, do lugar da Aldeia. A partir de Abril de 1911, acabaram os Registos Paroquiais e começou o Registo Civil, cujos documentos não são ainda públicos e, por conseguinte, se há ou deixou de haver Domingues é coisa que desconheço.

terça-feira, 18 de maio de 2021

Os filhos naturais!

 E a vergonha das mães solteiras!

Na actualidade, em que o casamento está fora de moda, as mulheres engravidam por encomenda e cada vez nascem menos filhos, ser filho de pai incógnito não é problema que tire o sono a qualquer uma. Pois, não era assim nos tempos da minha bisavó Eusébia, único dos meus antepassados mais recentes que nasceu, viveu durante grande parte da sua vida e ficou enterrada no «Cemitério da Agra», quando a sua família abandonou a freguesia, à procura de uma vida melhor.

A minha mãe que era neta da Eusébia nasceu em Rio Mau, foi viver para Macieira, quando entrou para a Escola Primária e abandonou a freguesia, indo morrer a Touguinha, concelho de Vila do Conde, para seguir o marido que no propósito de abandonar a agricultura arranjou emprego na Chenop, empresa de electricidade que electrificou Macieira, no ano em que eu fiz a 4ª Classe. O meu pai que para pedinchar não era peco, aproveitou a passagem dessa empresa pelas freguesias de Macieira e Gueral, recorreu à ajuda das pessoas mais influentes que conhecia e lá conseguiu convencer o "patrão da electricidade" a levá-lo com ele.

Isso fez com que a minha mãe e avó materna fossem morrer e ser sepultadas em Touguinha, deixando para trás os restos mortais da sua antepassada que faleceu, em 1939, na freguesia de Macieira, onde também tinha nascido, 87 anos antes. Como o nosso Presidente da Junta costuma ler estas palavras que vou publicando, deixo-lhe aqui uma pergunta. Seria possível identificar a sepultura onde os ossos da minha bisavó Eusébia ficaram a dormir o sono eterno? Cada vez que passo ao cemitério apetece-me ir fazer uma visita, mas mete-me impressão não saber, exactamente, o sítio onde ela ficou.

E voltando à sua história, pois é disso que trata esta publicação, ela foi mãe duas vezes. A primeira, como mãe solteira, de um rapaz chamado Carlos que nasceu, viveu e morreu no lugar de Lagoa Negra, da freguesia de Barqueiros, concelho de Barcelos e a segunda, já casada, de uma menina a quem puseram o nome de Maria (Maria da Eusébia) que viria a ser a minha avó.


Da minha mãe (Rita da Eusébia) muitos macieirenses, nossos contemporâneos, conhecem a sua história. Da minha avó Maria nem tanto, pois não nasceu na freguesia e, embora tenha lá vivido a maior parte dos seus 80 anos, levava uma vida escondida por trás da sua única filha, do seu genro e dos muitos netos que ajudou a criar. Da minha bisavó Eusébia duvido que algum macieirense se lembre, pois já morreram todos que com ela conviveram.

A imagem do assento de baptismo que vêem acima é do meu tio-avô que nasceu em Pedra Furada, em 1880, e foi viver para a Lagoa Negra com 10 anos de idade, quando a sua mãe se casou com um viúvo lá residente. Ele que tinha ficado viúvo sem filhos e ela com um filho sem pai, encontraram no casamento a solução para ambas as situações que não eram muito agradáveis para nenhum deles. O Carlos passou a ter um pai adoptivo, herdou os poucos haveres de um pequeno lavrador, ali casou e criou 4 filhos, um dos quais emigrou para o Brasil e tem lá descendência, tendo os outros 3 morrido solteiros. mesmo assim, para preservar a (má) tradição da família, uma das suas filhas foi também mãe solteira de um rapaz que ainda vive na casa que foi da sua bisavó Eusébia, casado e com duas filhas para continuar a história da família.

Como curiosidade saliento o nome do padrinho de baptismo que era irmão da Eusébia, também casou na Lagoa Negra (na minha opinião foi ele que "arranjou" o casamento da irmã) e a particularidade de ele já saber assinar o seu nome, coisa pouco comum, no ano de 1880, em que reinava D. Luis I, em Portugal. Outro dado curioso é o nome do pároco, António Alvares da Silva, nascido e sepultado em Pedra Furada, mas que quase de certeza era oriundo de uma família de Goios, da qual veio para Macieira uma Maria Alvares da Silva que casou no Outeiro e foi antepassada da minha bisavó Eusébia. Aliás, ninguém me disse, mas eu estou convencido que foi esse facto que fez a mãe solteira fugir de Macieira para Pedra Furada, quando se viu grávida, ou seja, acolher-se à protecção do pároco da freguesia que ainda era seu parente.

terça-feira, 11 de maio de 2021

A Tia Rosa Velha!

 A Tia Rosa do Jerónimo morava mesmo em frente da mina casa e era forçoso que a encontrasse a cada passo, para além de ela ir, frequentemente, a minha casa pedir ajuda para as mais diversas tarefas, a primeira das quais era ir com ela para o «Campo da Fonte» tomar conta das ovelhas, enquanto ela andava nas suas lides. A sua mãe, originária da freguesia de Rio Covo - Santa Eugénia, morreu era eu ainda muito novo, mas consigo situá-la na minha memória, talvez mais por "ouvir dizer" que por lembranças próprias.,

Curioso sobre este facto, fui pesquisar os registos paroquiais antigos para tentar descobrir a data do seu falecimento, o que consegui com alguma sorte (como se pode ver pelo assento acima). Os óbitos eram comunicados ao Registo Civil de Barcelos que fazia os necessários averbamentos (à margem) nos respectivos assentos de baptismo. Isto era um bom costume que muita ajuda quem procura reconstituir a sua árvore genealógica, mas que, infelizmente, nem sempre era respeitado por todos os Conservadores, não sei se por incúria ou falta de pessoal.

Assim, fui a Santa Eugénia confirmar se o averbamento do óbito tinha sido feito e acertei na mouche. Lá estava registado "faleceu em Macieira, no dia 7 de Janeiro de 1949, tinha eu 5 anos menos 2 meses. Por isso me lembro de ouvir dizer, quando entrava na casa da Tia Rosa, este é o quarto da Tia Rosa Velha. E fui ouvindo isso, ao longo da minha infância, por isso o recordo tão bem. Sendo a Tia Rosa uma filha solteira, calhou a ela a tarefa de cuidar da mãe até à sua morte. O seu marido, Zé do Jerónimo, irmão do meu trisavô Joaquim, já devia ser defunto nessa altura, pois nunca ouvi referir o seu nome.

Isto de parentescos antigos nem sempre é fácil de entender. A minha avó Maria era sobrinha-neta desse Zé do Jerónimo, pai da Tia Rosa. Elas as duas, Rosa e Maria, tratavam-se por primas, mas havia uma geração de diferença entre elas, ou seja, a Tia Rosa era segunda prima da minha avó, pois prima direita era a minha bisavó Eusébia. Todos eram descendentes do velho Jerónimo Ferreira, mas enquanto a Tia Rosa passou a usar a alcunha de Rosa do Jerónimo, a minha avó ficou como Maria da Eusébia. A minha mãe ainda era conhecida, em Macieira, por Rita da Eusébia, mas eu, por exemplo, já passei a ser conhecido por «Manel da Rita» e dos Jerónimos e Eusébios não herdei nada. 

terça-feira, 4 de maio de 2021

O Quim do Velho!

 Hoje, não tendo nada melhor para fazer, decidi dedicar uns minutos a escrever algo sobre os ascendentes do Joaquim Sousa, também conhecido por «Quim do Velho», ou seja, seu pai, Manel do Velho, seu avô David do Jerónimo e sua avó Maria do Velho. Muita confusão com as alcunhas, não é? Só para quem não está por dentro do assunto.

Comecemos pelo princípio. Esta história começa em Rio Covo, Santa Eugénia, quando o Joze Alves Ferreira de Sousa, neto do Tio Jerónimo Ferreira, do lugar do Outeiro, foi a essa distante freguesia pedir em casamento a sua namorada Rosa. O casamento realizou-se nessa freguesia, no ano de 1885, conforme registo que podem ver abaixo.



Tive que dividir o registo em 3 pedaços para se poder ler

Desse casamento nasceram vários filhos, entre eles o David que herdou o nome de Jerónimo do seu bisavô (que usou como alcunha) e ficou a ser conhecido por «David do Jerónimo». Até aqui está tudo claro, não é verdade? Depois o David viria a casar-se com a Maria do Velho, filha mais velha do casal formado por Manuel António de Araújo e Margarida Ferreira do Padrão (padrão era o nome do lugar onde moraram os seus antepassados, mas passou a fazer parte do nome, pela capacidade inventiva do pároco da freguesia).
E aí passou a haver, no lugar do Outeiro, uma mistura de Jerónimos com Velhos, coisa que me deu volta à cabeça, durante muitos anos, por não saber a origem dessas alcunhas. Que eu saiba, os filhos do Tio David nunca foram conhecidos por «Do Jerónimo», mas sim por «Do Velho» que era a alcunha da sua mãe Maria. Destes filhos, o mais conhecido foi, sem dúvida alguma, o Manel do Velho, por causa da profissão que escolheu, a de taxista. Era o único táxi nas redondezas e muitos macieirenses o utilizaram, eu inclusivé. Eu e vários colegas de escola fomos até Barcelos, em Junho de 1955, para fazer o exame da 4ª Classe.
Pois, para finalizar, o Quim do Velho, a que se refere o título desta publicação, é um dos filhos do famoso taxista de Macieira, um dos mais novos, suponho eu, mas mesmo assim não se livra da alcunha de «Velho» herdada da sua avó Maria.

quarta-feira, 3 de março de 2021

A Cumieira que tenho na memória!

 

Passei, há dias, na Cumieira, na estrada que liga a freguesia de Courel ao lugar de Penedo. A estrada está alcatroada e as casas são de construção moderna, muitos diferentes daquilo que retenho na memória, do tempo em que morava em Macieira. A Cumieira era um lugar muito pobre com casas que não passavam de barracas, alinhadas ao lado do caminho de terra batida que seguia pelo meio das bouças até Courel. Ali viviam as pessoas mais pobres da freguesia, além de um ou outro lavrador.

Sei que as minhas memórias são velhas de sessenta anos. Saí de Macieira em 1960 e se alguma vez lá voltei, nunca passei do lugar do Outeiro, onde nasci, ou do Outeirinho por ser o centro da aldeia. E a segunda metade do Século XX foi tempo de grandes mudanças provocadas, em primeiro lugar, pela Guerra do Ultramar e depois pela emigração. Houve outra abertura ao mundo e principalmente começou a haver mais dinheiro no bolso das pessoas.

E depois, a agricultura deixou de ser a única fonte de rendimentos, vieram as fábricas têxteis e de confecções criar mais emprego e, especialmente, emprego para as mulheres. Nesse tempo que ainda retenho na memória, havia apenas 3 automóveis em Macieira. O primeiro era o táxi do Manel do Velho, o segundo o carro do Dr. Alves, médico da freguesia, e o terceiro era do brasileiro de Penedo. Hoje, os carros são tantos que já embaraçam!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

A «Igreja do Monte do Adro»!

 Já li muita conversa sobre a antiga igreja do monte do adro, mas provas de que ela existiu é que não vi nenhumas. Talvez, um dia, quando a pandemia nos deixar, vá até Braga ver se é possível pesquisar os Arquivos do Arcebispado e confirmar aquilo que penso.



No ano de 1635 (do nascimento de Nosso Senhor Jesus cristo), quando se iniciaram, em Macieira, os Registos Paroquiais, a igreja já era no lugar da Igreja, Assento ou Padrão - conforma a época a que nos possamos referir - mais tarde demolida e reconstruída no lugar do Outeirinho, onde ainda hoje existe.

A ter existido, a igreja do Monte do Adro teria que remontar ao início da portugalidade, século XII ou XIII, por aí. É um facto que a paróquia de Macieira pertenceu à vigararia de Chorente e isso faz-me crer que essa tal igreja possa ter servido as actuais freguesias de Macieira, Gueral, Chorente e Negreiros, num tempo em que não havia posses para construir uma igreja em cada canto do Minho, como as conhecemos hoje.



O Mosteiro de S. Pedro de Rates já existia nessa altura e as viagens entre Braga - sede do Arcebispado - e Rates deviam ser frequentes, seguindo um caminho que devia passar por Nine, Grimancelos, Negreiros, entrando em Macieira pelo Monte do Adro e seguindo pelo lugar de Talho, Rio do Souto, Cumieira até à Vila de Rates. Não devemos esquecer que o Arcebispado de Braga mantinha um controlo apertado sobre as contas (receitas) de todas as paróquias e, pelo menos, duas vezes por ano faziam esse caminho, onde a vigararia de Chorente e, portanto, a igreja do Monte do Adro era paragem obrigatória antes de seguir para Rates.

É bom não esquecer que nas imediações do Monte do Adro é onde se encontram as confrontações das quatro freguesias, a nossa com Negreiros, Chorente e Gueral, por conseguinte o lugar ideal para erguer uma igreja que servisse os paroquianos das quatro freguesias. Baptismos, casamentos e funerais sempre houve e em algum lugar se teriam que realizar.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

O Paulino!

 Ouvi um conterrâneo referir-se à «Casa do Paulino», no lugar de Modeste, e isso aguçou a minha curiosidade, pois tinha estado a estudar os antecedentes e descendentes do Manuel Macieira (ou Manuel Martins Macieira) e sabia que ele teve um filho chamado Paulino. Seria esse Paulino, bisneto de Manuel Martins, aquele que deu nome a essa "casa de lavoura" de Modeste? O terreno, em que foi construida essa casa, no alto da subida de Modeste, do lado direito, pode ter pertencido, no passado, ao avô Martins que era dono de muitas possessões, o maior lavrador daquele lugar e ter calhado em herança à sua filha Bernardina.

Infelizmente, não pude confirmar, pois este Paulino, filho de Manuel Macieira, neto de Bernardina Martins e bisneto de Manuel Martins já deve ter morrido, há umas dezenas de anos, e talvez seja um seu neto a reinar naquela casa, agora, e não conheço ninguém da família que me possa ajudar a tirar as dúvidas. E até pode chamar-se Paulino também, como o seu avô, só talvez não saiba que a sua origem vem da grande casa do «Martins de Modeste».

sábado, 9 de janeiro de 2021

Ainda os Fonsecas!

 


Será o Manuel irmão dos outros que aparecem como filhos de Manuel José? Com a discrepância do nome do pai e do local de nascimento, a cronologia dos nascimentos (melhor dizendo, datas do baptismo) sugere que são todos irmãos. Quem estuda estas coisas fica num beco sem saída, pois não tem como desfazer estas dúvidas, o assento de baptismo é o único documento que chegou até aos nossos dias.


Do que não restam dúvidas é que foi este Manuel, nascido em 1852 e casado em 1886, que deu origem à família dos Fonsecas de Penedo. O seu filho Leopoldino, nascido em 1890, foi o seu continuador.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

O apelido «Costa Fonseca»!

 


Hoje, dediquei-me a aprofundar um pouco mais a origem do apelido Costa da Fonseca e cheguei à conclusão que o apelido Costa é o mais marcante na família. De qualquer modo, fui parar a um beco sem saída, pois o primeiro Costa desta história era o João Costa, filho natural de Francisca Gonçalves.

Em 1817, casou-se com Antónia Joaquina e desse casal nasceu apenas um filho, de seu nome Manuel Joaquim. Esse filho casou com Maria Domingues de Paradela e desse casamento nasceram 9 filhos, sendo a Thereza Maria a mais nova de todos, nascida em 1858. Como não encontrei o assento de casamento em Macieira, sou levado a supor que o casamento se realizou na terra da noiva, como era tradição nesse tempo. Mas fixaram residência em Penedo e aí criaram os filhos.

Portanto, João da Costa, sendo filho de pai incógnito, herdou o apelido não se sabe de quem, ou talvez a sua mãe quisesse com isso dar a entender quem era o seu pai. Depois dele, o seu filho Manuel Joaquim deu seguimento à família dos Costas e outro tanto fez a sua filha Thereza Maria. Esta, ao casar com um Fonseca, deu origem ao apelido «Costa Fonseca» que ainda prevalece no lugar de Penedo e, possivelmente, na mesma casa que foi de João Costa.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

A «Família D'Affonseca»!

 Era assim, desta maneira arrevesada que se escrevia o apelido Fonseca, quando chegou pela primeira vez a Macieira. Manoel Joze Gomes da Fonseca veio casar a Macieira, em 1837, com a Anna Joaquina que era filha de Joze da Costa Carneiro e de Maria Joaquina. O noivo não era de Macieira e não sabendo de que freguesia ele vinha é-me difícil descobrir os seus antecedentes. Pelo assento de casamento sei que os seus pais se chamavam Francisco Gomes da Fonseca e de Leonarda Maria Roza e tanto podiam ser de Courel, Gueral, Goios ou Negreiros, onde havia gente com esse nome.

Deste casamento nasceram, em Macieira, dois filhos, a Joaquina, em 1844, e o Manuel, em 1852, e a sua casa ficava no lugar do Outeirinho. Como se vê, os filhos foram poucos, vieram tarde e bastante separados no tempo. Só Deus saberá porquê.

Em 1886, foi a vez do filho Manuel arranjar noiva e apresentar-se perante o pároco da freguesia para que os casasse. Ele, de seu nome completo Manuel Gomes da Fonseca e ela, Thereza Maria da Costa. Ficaram a morar no lugar de Penedo, talvez a casa da família da noiva, e tiveram 5 filhos. A Thereza nasceu em 1886, a Laurinda, em 1889, o Leopoldino, em 1890, o Albino, em 1893, e a Joaquina, em 1898. De todos eles, pais e filhos, pouco mais vos posso contar, pois se casaram e tiveram filhos isso consta dos registos pós implantação da república e esses não estão ainda disponíveis ao público.

Houve outros Fonsecas, em Macieira que suponho serem irmãos deste Manuel, acima mencionado. A Jozefa Gomes da Fonseca era casada com João Ferreira de Matos e moravam no lugar de Talho. A Maria Gomes da Fonsega era casada com Manuel Francisco Carvalho e moravam no lugar do Outeiro.

Há ainda um registo de um José Gomes da Fonseca a morar no lugar do Rio e ainda mais dois Fonsecas, mais antigos, primeira metade do século XVIII, mas não lhes encontrei a origem nem deixaram descendência na nossa freguesia.

Para todos os efeitos, as famílias formadas pelos três irmãos (?) Manuel, em Penedo, Jozefa em Talho e Maria no Outeiro, que em conjunto criaram 14 filhos foram os antepassados dos mais jovens Fonsecas que hoje vivem em Macieira.

N.B. - Há uma falha que não consigo explicar, pois partindo do princípio que a Jozefa e a Maria eram irmãs do Manuel elas deveriam aparecer nos assentos de baptismo, tal como aparece o Manuel. Há grandes falhas e muitas páginas ilegíveis nos livros entre 1820 e 1845 e essa poderá ser a razão.



Curiosidade -  O noivo sabia assinar o seu nome, coisa rara naqueles tempos!

Euzinho da Silva!

 Depois de vos contar a história completa do meu "pentavô" Jerónimo, com todos os detalhes que consegui reunir, está na hora de mostrar a minha ligação familiar a tão famoso personagem do Outeiro e sempre referido, através dos seus muitos descendentes, há dois séculos e meio.

Aí me têm, 201 anos mais novo que o avô Jerónimo, como representante da 10ª geração desta relevante família que tem centenas de membros, muitos deles ainda vivos e cheios de saúde (mau grado a chegada da Covid-19).


O famoso «Avô Jerónimo»!

 JERÓNIMO FERREIRA, nasceu a 16 de Maio de 1743 e faleceu em 12/1/1814, em Macieira 

Filho de Manuel Ferreira, da Ribeira - Gueral e de Rozália Francisca, do Outeiro - Macieira 
Neto paterno de Miguel Alvares, da Pedreira - Negreiros e de Maria Gonçalves, da Ribeira - Gueral 
Neto Materno de António de Araújo, do Outeiro - Macieira e de Illena Manoel da vila de Rates 
Bisneto Paterno de Pedro Gonçalves e de Anna Ribeira, de Negreiros 
E de Domingos Gonçalves e Anna de Gueral 
Bisneto Materno de João Lopes e Anna de Araújo, do Outeiro - Macieira 
E de Estêvão Manoel e Maria Francisca, da vila de Rates. 
Teve três irmãos: 
António, nascido em 13/4/1733 
Marianna, nascida em 11/9/1736 
Joze, nascido em 30/11/1749 
Casou, em 22/6/1764, com Maria Alvares da Silva, nascida em 23/8/1744, em Goios, e falecida em 9/6/1805 
Teve sete filhos: 
Maria nascida em 1766 
Joze, nascido em 1768 (continuador do meu ramo familiar) 
Manoel, nascido em 1771 
Helena, nascida em 1774 
Custódia, nascida em 1777 
Antónia, nascida em 1780 
Luiz, nascido em 1784 
Todos tomaram por apelido ALVARES FERREIRA 
JOZE casou em 24/5/1806 com Hilena Maria de Souza, de Balazar (F. em 1853) 
Filha de Costódio Francisco e de Thereza Maria de Souza 
Teve cinco filhos: 
Maria, nascida em 29/7/1807 
Anna, nascida em 25/7/1809 
Manoel, nascido em 7/5/1814 
Joaquim, nascido em 4/2/1817 (continuador do meu ramo familiar)
António, nascido em 1/5/1821 
Todos tomaram por apelido ALVARES DE SOUZA 
JOAQUIM casou em 1/10/1842 com Maria Isidória, de Macieira, filha de Manoel Joze Ferreira e de Anna Maria 
Teve onze filhos: 
Manoel, nascido em 22/6/1843 
Rodrigo, nascido em 3/11/1844, falecido em criança 
Rodrigo, nascido em 24/8/1847 e falecido em 20/9/1848 
Joze, nascido em 28/12/1848 
Maria, nascida em 14/10/1850 
Eusébia, nascida em 4/4/1852 e falecida em 1938 (mãe de Maria e avó de Rita, a minha mãe) 
António, nascido em 12/8/1854 
Jozefa, nascida em 20/9/1856 
Rodrigo, nascido em 17/9/1858 
Anna, nascida em 1861 
Luiz, nascido em 1862 e falecido em 1937 
Todos tomaram por apelido ALVES DE SOUSA 

domingo, 3 de janeiro de 2021

Os do Jerónimo!

 Os do Araújo e os do Velho começaram a misturar-se, a partir de um certo tempo todos eram primos uns dos outros. Para complicar mais as coisas, no lugar do Outeiro, apareceram os do Jerónimo que passaram a fazer parte dos primos Araújos e Velhos. Alguns poderiam usar qualquer das alcunhas pois eram descendentes de todos eles.

Clicar na imagem para uma melhor leitura

A pedido de um macieirense (que, actualmente, não mora em Macieira) fui espiolhar um pouco mais esta história e trago-vos uma imagem que espero ajude a tirar dúvidas. Como esse macieirense é neto do «Tio David do Jerónimo» e da «Tia Maria do Velho», imaginem a mistura que isso deu!

O José Alves de Sousa era neto do Sr. Jerónimo Ferreira e o David seu bisneto. Não descobri o que aconteceu à Carolina e à Rita, irmãs do David, mas os outros irmão foram meus contemporâneos, a maioria morou no Outeiro, e conheci-os a todos.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Como apareceu a alcunha dos «Velhos»!

 Thomé Gonçalves, filho de Domingos Pires, foi o grande precursor da família dos «VELHOS» de Macieira. Aos que vierem a ler isto, vou já avisando que isto é a minha teoria dos factos históricos e cada um tem o direito de apresentar (e defender) a sua.


Os priores das paróquias desse tempo tinham uma enorme dificuldade em garantir a fiabilidade dos registos que faziam, uma vez que os apelidos eram poucos e muitas vezes repetidos. Daí a necessidade de indicar o nome do lugar, onde residia a pessoa em questão, e até acrescentar algo que pudesse tirar dúvidas se elas existissem.


Neste assento de baptismo pode ver-se a indicação de (O Novo) aposto ao nome de Domingos Pires, morador na aldeia de Penedo. Na outra imagem que podem ver mais acima, aparece o nome de Domingos Pires, morador na aldeia da Igreja, sem qualquer outra indicação. Como eles são mais ou menos contemporâneos, o prior quis pormenorizar a identificação, chamando a um "O Novo", o que pressupõe que o outro é «O Velho».

Daí nasce a minha teoria de que o Domingos Pires, pai do Thome Gonçalves é o mais velho antepassado da Família dos Velhos de Macieira. Para saberem mais sobre este assunto, olhem para o esquema seguinte:


O último da lista é o «Tio António do Velho» que morava ao lado da casa do Tio António do Couto, no Outeiro, e que, salvo erro, tem ainda alguns filhos vivos. Como curiosidade, posso acrescentar que o apelido de Araújo veio de Grimancelos, pelo casamento de António Francisco com Maria de Araújo que era dali natural e lá se casou também.