quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Ano de 1740!


O ano de 1740 fica marcado pelo número de Manueis e Marias que foram baptizados em Macieira, 11 ao todo. E outra coisa que se nota também é não haver um único baptizado no lugar do Outeiro. Além disso, há um casal de gêmeos, o Manoel e a Maria filhos do Manoel André do Picoto.


A grande novidade dos casamentos deste ano é haver uma noiva que é filha de um padre. Dionízia da Cruz, filha do Padre Custódio de Barros de macieira da Maia. Parece-me estranho o pároco ter escrito isso no assento de casamento, mas como mentir é pecado ele não quis arriscar-se. Eu ainda pensei que podia ser Pedro, em vez de Padre, mas a seguir vinha escrito Vigário da freguezia de ..., portanto não pode haver dúvidas. Fico a pensar se ele teria aparecido na cerimónia do casamento da filha!

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Ano de 1739!


Um ano de muitos nascimentos e, em especial, de casamentos. Nos nascimentos chamo a atenção para o de Maria de Oliveira, filha de Gabriel de Oliveira e de Maria Lopes, já referida num post anterior. O Serafim, filho de pai incógnito e de Maria Roza, nasceu em Macieira por acaso, quando a mãe por ali passava e começaram as dores do parto. A parturiente quis baptizar o filho, mas recusou-se a revelar de onde vinha e quem era a sua família.


Nos casamentos, merece uma referência especial o de Manoel Ferreira (O Leça), oriundo de Chavão, cujo óbito foi objecto de uma publicação recente (imediatamente anterior a esta). E o caso do André Lopes, de Touguinhó, que se casou pela quarta vez e o pároco, talvez aborrecido com tanto casamento, nem o nome dos pais lhe pediu. Ainda por cima e para piorar as coisas, a noiva era filha de mãe solteira, coisa que o abade não se esqueceu de mencionar no assento.

O Leça!

Bernardino Lopes, poeta repentista e cantador ao desafio, nasceu no lugar do Rio, no ano de 1792, e ficou conhecido pela alcunha de «O Leça». Vários autores têm falado nele e espalhado aos quatro ventos os poemas que fazia a respeito de tudo e de nada, mas nenhum tentou ainda justificar a alcunha de Leça por que ficou conhecido. Nas minhas andanças por entre velhos papéis da paróquia de Macieira caíram-me os olhos neste assento de óbito de um homem do Rio, a quem o P.e Manoel Gomes de Souza, vigário da freguesia ao tempo destes acontecimentos, chamou de Manoel Ferreira, o Leça.


Estávamos ainda em 1785 e o Bernardino Leça nasceria apenas em 1792, mas como se vê, já a alcunha de Leça era conhecida no Rio. O pai de Bernardino era Manoel Lopes. Poderia este Manoel Ferreira ser seu avô? Ou teria a alcunha algo a ver com a casa onde nasceram e habitaram?
Hoje, não sei responder a estas perguntas, mas pode ser que ainda venha a descobrir e nesse caso voltarei ao assunto.

domingo, 25 de outubro de 2015

Avó da família da Rola!

Nem só de casamentos e baptizados se faz a história de Macieira. Nos últimos dias tenho-me concentrado nos óbitos para ver se descubro que destino levaram os membros da minha família que não aparecem nos registos de casamento da nossa freguesia, nem filhos seus aparecem também nos registos dos baptizados.
Nessa análise tenho visto coisas (relatos) que nunca esperava ver neste tipo de registos. E vou encontrando nomes que me começam a ser familiares, como é o caso da Theodozia Francisca, mulher do Manuel Francisco (do Padrão), cujo assento de óbito resolvi trazer para aqui, pois pode ser que interesse a algum dos (poucos) visitantes deste blog.


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Anos de 1737 e 1738!


Hoje decidi publicar dois anos de registos. Primeiro, para acelerar estas publicações, uma vez que já tenho todos os dados até ao ano de 1800. E segundo, porque são tão poucos os casamentos destes dois anos que mesmo juntos pouca figura fazem.


No tempo em que vivi em Macieira, os lugares do Formigal e do Luvar eram dos mais pequenos da freguesia, poucas casas/famílias lá existiam. Admira-me como tantas crianças nasceram nestes lugares nos séculos XVII e XVIII.


Nestes casamentos salta à vista o nome da noiva Leogarda Maria de Santa Roza. Pelo nome deve ser gente rica, pois pobre não se dava ao luxo de usar tantos nomes. Três casamentos em dois anos é muito pouco. E todos os noivos eram de fora da freguesia. Nestes dois anos, os rapazes de Macieira devem ter ido casar com raparigas das freguesias vizinhas. É a única explicação que encontro para estes números.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A descendência!

Depois de publicar o documento que atesta o matrimónio de Rozália Francisca de Araújo com Mamoel Ferreira, eu tinha intenção de publicar a relação dos filhos nascidos desse casamento, mas acabei por me esquecer. Ontem, ao publicar os baptismos do ano de 1736, fiz referência "minha tia Mariana", o que pode levantar algumas dúvidas a quem não acompanhou toda a história em detalhe.


Deixo aqui, por conseguinte, a lista dos filhos do casal, os quais são, nem mais nem menos, a 6ª geração dos meus ascendentes maternos. Assim, posso referir-me ao António, Mariana e José como meus tios, enquanto que ao Jerónimo tenho que tratar por avô.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Ano de 1736!


Um ano com 18 baptizados é obra! Lugares como Retorta e Souto começaram a aparecer para além dos habituais e mais conhecidos Outeiro, Penedo ou Modeste. O primeiro baptizado do ano foi logo de um casal de gêmeos da família Domingues da Retorta, como sinal de bom agouro. E além do mais, 1736 foi o ano em que nasceu a minha tia Mariana, filha do Manuel Ferreira do Outeiro.


Dos quatro casamentos destaco o de Gabriel de Oliveira, de Penedo, que vai ter grande influência na evolução das famílias mais conhecidas de Macieira, na segunda metade do século, com destaque para a sua filha Maria de Oliveira, antepassada da casa da Rola de Macieira.

Pobre Maria!

Encontrei, por mero acaso, este assento de óbito e mexeu comigo a forma como o pároco de Macieira desabafou no livro dos Registos Paroquiais. Por isso decidi perder algumas horas e pesquisar os velhos (e difíceis de ler) registos para tentar desenterrar a história desta Maria que, suponho eu, seria uma criança quando morreu.


Aos dois dias de Outubro de mil seis centos e quarenta e um se faleceu Maria filha de Pedro Pires, de Penedo. Já não tinha mãe e seu pai lhe não fez nada por sua alma ...

Não consigo decifrar as últimas palavras, mas creio não terem grande interessa para a história. Vasculhei os registos de baptismo, desde o primeiro que existe até ao ano de 1660 e encontrei um Pedro Pires casado com Catherina Domingues e dois filhos, Manoel e Anna. Continuei as pesquisas e encontrei outro Pedro Pires casado com Catherina Gonçalves e também dois filhos, Manuel e Francisco. Como já tinha ultrapassado a data do óbito da Maria e esta não apareceu comecei a ficar confuso. As duas mulheres de Pedro Pires e o recado do Pároco que falava de uma menina sem mãe, fizeram-me compreender que a primeira devia ter falecido e fui à procura do seu óbito. Em vez disso, encontrei o óbito da segunda, Catherina Gonçalves, o que torna a história mais confusa ainda.
Persisti na procura e encontrei mais quatro filhos de Pedro Pires, agora com outra mulher, a Maria Francisca. Registos de casamento não há nenhum, querendo isso dizer que as noivas seriam de fora da nossa freguesia. Admitindo que o Pedro Pires é sempre o mesmo, tem que haver erro no nome da mãe nos dois primeiros baptismos e nunca existiu nenhuma Catherina Domingues. Os primeiros quatro filhos, cujos nomes menciono acima, são todos filhos da mesma mãe, Catherina Gonçalves que veio a falecer em 1650.
No fim de tanto trabalho fiquei sem saber de onde surgiu a Maria que era orfã quando faleceu, em 1641. Será possível que o Pedro Pires fosse casado anteriormente com outra mulher, a mãe de Maria? Nunca o saberei, pois não há mais registos onde possa procurar!
E para escrever aquele recado o pároco deve ter ficado sem receber o preço da missa e do funeral da criança. Não me ocorre outra razão! 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Ano de 1735!


Um ano muito curto, no que a nascimentos se refere, e bem repartido por todos os lugares da freguesia.


Nos casamentos, quatro que pode considerar-se um número normal, nem alto nem baixo, e apenas um noivo vindo de fora da freguesia. Chama-me a atenção o nome de Rozália Francisca, noiva de João Lopes, que vai aparecer muitas vezes nos registos futuros.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Ano de 1734!


Um ano com quinze nascimentos, na primeira metade do Século XVIII, só estava ao alcance das freguesias maiores do concelho, o que prova que Macieira não é de hoje uma das mais populosas freguesias do concelho de Barcelos.
Quanto aos filhos de Manoel Gonçalves e Jerónima de Araújo (ver acima) deve haver algum milagre, pois em quatro anos este é o terceiro Manoel baptizado e não encontrei registado o óbito de nenhum dos anteriores. Acredito que o do ano de 1732 é uma repetição do assento de baptismo, pois até os padrinhos são rigorosamente os mesmos. Só não percebo o que levou o pároco a repetir o registo.


Dois casamentos este ano comparados com apenas um no ano passado é um aumento de 100%. Isto para quem se rege por estatísticas é um sucesso. Um noivo de Rio Mau e uma noiva de Chavão é tudo o que vejo de interessante neste quadro.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Ano de 1733!


Se não fosse por outra razão, o ano de 1733 seria sempre famoso por ser aquele em que nasceu o primeiro filho dos meus antepassados Manoel Ferreira e Rozália Francisca. António se chamava ele e nasceu no ano em que a sua mãe completava 18 anos, sendo casada desde os 12 anos, conforme tive oportunidade de aqui explicar em mensagens anteriores. Não prestei grande atenção à sua história, uma vez que foi o seu irmão Jerónimo, dez anos mais novo, que deu origem à minha estirpe familiar. Mas não encontrei qualquer referência a casamento ou nascimento de filhos, na nossa freguesia.


Um só casamento neste ano de 1733, mas um com alguma história. pois a noiva Maria da Silva era filha de um casal, Manoel da Silva e Anna dos Santos, de Vilar de Figos, ou no dizer do Pároco de Macieira que assim o registou no assento de casamento, S. Paio de Principaes.


Fiquei curioso com este nome e, sem saber em que canto de Portugal ficava essa freguesia, fui investigar o que havia na internet sobre o assunto, se é que havia alguma coisa. Rapidamente encontrei o que queria e fiquei a saber que esse estranho nome nada mais era que Vilar de Figos, a freguesia situada na encosta sul do Monte da Franqueira. E fiquei também a saber que o nome se deveu a uma lenda que transcrevo abaixo para quem tiver curiosidade em saber destas coisas.


Lenda " Os Principais de Vilar de Figos" 

Como lenda contamos um facto relacionado com o Castelo de Faria e que dera aos habitantes de Vilar de Figos o honroso apelido de principais. Sabe-se que em velhos registos da paróquia esse designação existe, embora se desconheça a extensão dela, isto é , se para todos os habitantes ou para descendentes apenas dos velhos "principais" .
O caso foi que os mouros se apossaram, em tempos remotos do castelo. Os cristãos tentavam a conquista tornada impossível pelo denodo com que os sitiados se defendiam. Recorreu-se então ao estratagema que a luminosa ideia do povo de Vilar de Figos suscitou: pelos campos e encosta daquele lado fariam subir, de noite, um grande rebanho de cabras ( podiam ser mesmo carneiros ) com luminárias atadas aos chifres.
Se bem o pensaram, melhor o fizeram. Os mouros notaram pela noite escura , aquela aproximação de tanta gente que vinha, por certo em reforço dos sitiantes. Perante a superioridade provada do inimigo abandonaram o castelo e foram-se.
E assim, porque os moradores dessa freguesia mais contribuíram para a tomada do castelo, ficaram a ser conhecidos e nomeados por os Principais de Vilar de Figos.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Ano de 1732!


Reparo agora que existe neste ano o baptismo de Manoel, filho de Manoel Gonçalves e de Jerónima de Araújo, e que no ano de 1731 aconteceu o mesmo. Isto só pode querer dizer que o Manoel do ano passado morreu e o novo filho destes pais recebeu o mesmo nome. Mais uma coisa para me fazer ir novamente virar páginas, desta vez no livro dos óbitos, à procura da confirmação deste facto.
Outra curiosidade deste ano são as três senhoras de nome Domingues, Francisca, Mariana e Maria, que moram em Modeste e deram à luz no mesmo ano. Pergunto-me se seriam irmãs!


Um ano com bastantes casamentos e quase todos com noivo e noiva de Macieira. A excepção é o Manoel Miranda que veio de Paradella casar com uma filha do Custódio Domingues, do Rio.
E um casamento com noivo e noiva do mesmo lugar, o do Rio. Pelos nomes do pai do noivo e da mãe da noiva, ambos Lopes, fico a pensar se seriam primos direitos.

O Casamento!


A Rozália nasceu em 5 de Julho de 1715, como se pode ler claramente no seu registo de baptismo que a imagem supra reproduz. E também não existe a mínima dúvida quanto ao nome dos pais, António de Araújo e Illena Manoel.


Nesta primeira metade do registo de casamento pode ler-se claramente a data do casamento, 3 de Agosto de 1727, bem como o nome da noiva, Rozália Francisca, e dos seus pais, António de Araújo e Illena Manoel, do lugar do Outeiro. Temos, portanto a certeza que a Rozália deste documento é a mesma do documento acima. E que tendo nascido em 5 de Julho de 1715, tinha apenas 12 anos e 29 dias, no dia 3 de Agosto de 1727.


E nesta segunda parte do registo de casamento não existe a menor referência à menoridade da noiva, nem à autorização presencial ou por escrito, do seu pai, coisa que fazia parte das normas da Igreja.
Muito estranho, digo eu, mas sou obrigado a aceitar a clareza destes documentos.
Uma coisa que parece atestar a veracidade destes factos é a data de nascimento do primeiro filho do casal, António de seu nome, em 13 de Abril de 1733, quando a Rozália já tinha maturidade suficiente para ser mãe. O seu irmão Jerónimo, meu pentavô do lado materno, nasceria apenas em 1743, 10 anos mais tarde, pouco antes de a sua mãe completar 28 anos.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Ano de 1731!


O ano de 1731 teve menos nascimentos do que é habitual, menos do que um em média por mês. E no lugar do Rio, habitual campeão dos baptizados na Igreja de Macieira, apenas nasceu a Rozália, filha do Manoel Lopes. Também estranhei duas mães de apelido Araújo, no lugar do Paço, pois só me lembrava de Araújos no Outeiro e em Penedo.


Dos casamentos realizados neste ano nenhum me merece uma referência particular. Talvez apenas o caso de Bento da Silva que casou com Izabel Lopes do Lubar e de quem não nasceram quaisquer filhos. Fico a pensar se terá morrido pouco tempo depois de casar, ou se emigrou para fora da nossa freguesia.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Nascimentos - Resumo do Século XVIII


Depois de muitas horas de trabalho, eu sei, finalmente, quantos bebés nasceram na nossa freguesia, durante todo o Século XVIII, o nome do pai e o da mãe, além do ano e lugar em que nasceram. Acima podem ver um resumo por lugar, embora alguns deles me deixem algumas dúvidas, como Cruz e Xisto, de que eu nunca ouvi falar. Aliás, a questão dos lugares daria pano para mangas, como se costuma dizer, pois eu considero Crujes como fazendo parte de Talho e Fareleira como fazendo parte do Rio. Assim como Cerqueiral, no passado mais remoto, fazia também parte do Rio. Mas não me quero meter por esse caminho, pois corro o risco de me perder.



Por simples curiosidade fica aqui também uma imagem com os dados referentes à família que maior contributo deu para o aumento da população da nossa freguesia. Se bem me recordo, esta é aquela família em que houve uma série de falecimentos, quase ao mesmo tempo, por causa da peste ou coisa parecida. Clique aqui para ler a notícia.

domingo, 11 de outubro de 2015

Ano de 1730!


Doze nascimentos neste ano de 1730, um por cada mês do ano. O lugar do Rio leva de novo a palma com um terço das crianças nascidas. O lugar da Aldeia (aldea se escrevia nesse tempo) começou a aparecer nos registos paroquiais e eu não tenho a mínima ideia de onde fica esse lugar e se hoje é ainda conhecido por esse nome. Talvez algum visitante deste blog, mais conhecedor destas coisas de Macieira que eu, se digne deixar aqui um comentário nesse sentido.


Nos casamentos deste ano, temos quatro noivos de fora da freguesia, o que prova que as raparigas de Macieira eram bem cotadas nas redondezas. Com um noivo Manoel Francisco e outro Francisco Manoel, para além de três noivas de apelido Francisca, o mais provável será uma invasão de Franciscos nos próximos anos. Até sinto pena do pároco da freguesia para se entender no meio de tanta gente com o mesmo nome. Não admira que os tenha começado a crismar de «Do Padrão», «Da Torre», «De Courel», «Alfaiate» e «Sapateiro».

O princípio das coisas!

Continuo a investigar para ter a certeza que não há qualquer engano com aquela história da noiva de 12 anos de idade. Hoje deixo aqui alguns documentos para que outros vejam também e me ajudem a perceber se há algum erro de interpretação da minha parte.

Junho de 1672 - Nasce António de Araújo


Janeiro de 1699 - Casa-se com a Illena Manoel

Julho de 1715 - Nasce a Rozália (Noiva)

No post seguinte poderão ver o assento de baptismo da Rozália e o do seu casamento com Jerónimo Ferreira que veio da Riberia de Gueral.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Ano de 1729!


Nota-se que os Macieirenses nunca foram muito inventivos no que toca aos nomes que escolhiam para os filhos. Os Custódios que chegaram até aos meus dias (lembro-me bem do Tio Salvador do Custódio que morava nas Minas, ou Pinguelinha, e era um artista a fazer ramadas) e quanto ao resto não saíam dos Maneis e das Marias, dos Joões e Josés. Estou à espera que as coisas melhorem com a passagem dos anos, mas pelo que vi nos casamentos do Século XIX não tenho muita fé.


Dos quatro casamentos deste ano, apenas um noivo de Macieira, do lugar do Outeiro que casou com uma Domingues de Modeste. Nos próximos anos, com a publicação dos baptizados dos seus filhos, veremos se as noivas se estabeleceram em Macieira ou seguiram os maridos para a terra deles.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

O saber não ocupa lugar!

Usando os dados que tenho estado a coligir estou em condições de poder afirmar que no primeiro quartel do Século XVIII foi no lugar do Rio que houve mais nascimentos e também qual a família em que isso aconteceu. Se fosse nos dias de hoje, com a baixa da natalidade que se verifica, o Sr. Manoel Domingues teria direito a um prémio com toda a certeza.


terça-feira, 6 de outubro de 2015

Ano de 1728!


Nota-se que lentamente os nomes vão mudando. Aparecem alguns apelidos novos pela primeira vez e há muito menos Franciscos. E 15 baptizados num ano não está muito mal.


Nos casamentos, apenas dois e nenhum deles me merece qualquer comentário especial.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Casamentos - De 1723 a 1727!

Nos casamentos, a fartura não é tanta como nos baptizados e cá vão as imagens para analisar a coisa em pormenor.

Ano de 1723, com 3 casamentos apenas

Ano de 1724 com apenas 1
e o de 1725 com 4 casamentos

O ano de 1726 passou em branco

No ano de 1727 houve 5 casamentos e um deles merece-me um reparo muito especial, o de Manoel Ferreira com Rozália Francisca. Em primeiro lugar porque é meu ascendente do lado materno, o pai do Jerónimo cujo nome perdurou em Macieira até há poucos anos. Em segundo lugar, porque a noiva tinha apenas doze (12) anos, o que me levou a acreditar que estava a laborar num erro de identificação dos meus antecessores. Conferi tudo com o máximo cuidado e parece-me não haver dúvida. Os registos de casamento e o do baptismo da Rozália parecem-me fora de dúvidas, com excepção de não ter sido mencionada a menoridade da noiva no de casamento, coisa que era habitual e os párocos eram muito cuidadosos nesse aspecto.
Por outro lado, não ter havido filhos até a noiva completar os 18 anos, parece provar que foi assim mesmo que tudo se passou. O porquê é que não temos maneira de descobrir. Interesses de família, talvez?

Baptizados - De 1723 a 1727!

Não foi por causa da campanha eleitoral, mas por simples coincidência que não publiquei nada nos dois últimos dias. Para compensar e também porque estou com alguma pressa de chegar ao fim, aproveito para dar um pulo de cinco anos.
Neste grupo de dados há uma curiosidade a reter, a Luzia de Penedo deu à luz um bebé, no ano de 1724, filho de pai incógnito, e repetiu a proeza no ano de 1726.






sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Tia Amélia do Jerónimo!

Na ponta mais a norte do caminho que atravessa o lugar do Outeiro, do lado direito, existe uma casa em ruínas onde, em tempos, morou a Tia Amélia. Eu sabia que ela era cunhada do Tia Rosa do Jerónimo que morava ali quase em frente e por isso parti do princípio que era o marido ou o pai, dele e da Rosa sua irmã, que tinha esse nome. Não era assim afinal.
O pai deles era o Tio Zé do Velho, ou José Alves de Souza, de seu nome completo que teve uma data de filhos, mas só a descendência do seu filho David, pai do Manel do Velho taxista, é que continua por Macieira.
Este seu filho António, referido no documento abaixo, emigrou para o Brasil pouco tempo depois de casar e nunca mais se soube dele. Ao passar pelo seu registo de baptismo, vi o assento à margem e li-o de uma ponta à outra para compreender o que se passou.


Ali se refere que: ... foi declarada a morte presumida de António Alves de Souza, com data em 31 de Dezembro de 1936, por sentença de 2 de Novembro de 2006, proferida pelo Tribunal de Barcelos (4º Juízo).
Que eu saiba já não há nenhum filho vivo deste casamento, o que pressupõe que foi algum neto que recorreu ao tribunal para declarar a morte do seu avô, por razões de ordem legal, heranças e coisas do género. Não conhecendo toda a história, fica uma pergunta a bailar na minha cabeça - porquê em 31 de Dezembro de 1936?
P.S. - O nome completo da Tia Amélia era Amélia da Silva Leitão.