sábado, 18 de novembro de 2017

Descendência da «Casa do Couto» !

Domingas Antónia, filha mais velha de João Francisco e Domingas Antónia, ficou na casa de seus pais, depois de casar e foi a matriarca de uma imensa prole.


Filhos teve apenas um, de seu nome Custódio, como se pode ver na imagem acima, mas a geração seguinte já foi maior e garantiu a continuidade do nome. O pai, Manuel Pereira, veio do Couto de S. Martinho (do Outeiro) e deixa supor que é essa a origem do apelido da «Casa do Couto», de Travassos.


Neste quadro vê-se a evolução da família até ao primeiro quartel do Século XX. Manuel dos Santos Oliveira, meu digníssimo padrinho de baptismo, foi o dono e ocupante da casa até à sua morte, em meados do século passado. O seu casamento, com Beatriz Ferreira de Campos, bem como os seus filhos, não constam dos arquivos que são públicos, o que me impossibilita de preencher o último quadro.
Pedido - Se houver algum leitor que conheça os nomes e anos de nascimento de todos os filhos do meu padrinho, agradeço que os deixe aqui num comentário, ou os envie para o meu endereço de correio electrónico.

domingo, 5 de novembro de 2017

Preservar as tradições !

Parece que há alguém em Macieira com vontade de fazer reviver velhas tradições de modo a evitar que se percam para sempre. Será que a ideia tem pernas para andar? Vou ficar atento para ver o que acontece.
Uma das coisas que eu mais gostava de ver era alguém fazer reviver a cultura do linho, desde a sementeira até à tecelagem das famosas toalhas que tanto sucesso fazem nas feiras de artesanato. Antigamente, fazia-se isso em Macieira. Eu acompanhei algumas vezes o carro de bois que ia levar o linho ao rio para demolhar.
E vi ripar o linho. E também espadelar, fiar e tecer. E deve haver muita gente viva, em Macieira, que também viu e talvez até tenha participado nessas tarefas.
Vejam abaixo algumas imagens do ciclo do linho.





sábado, 14 de outubro de 2017

Os primeiros Ferreiras!

Foi no registo do baptismo de Margarida, filha de João Ferreira e Illena da Cruz, em 26 de Março de 1681, que aparece o apelido de Ferreira pela primeira vez. Como não aparece, em Macieira, o registo do casamento deste casal, é impossível saber de onde é originário o apelido Ferreira.


O casamento de Domingos Ferreira, filho de Manoel Fernandez e Francisca Lopes, em 25 de Fevereiro de 1685, fez aparecer de novo esse apelido na nossa freguesia. Visto nem o pai nem a mãe usarem este apelido, não sei onde o Domingos foi buscá-lo. A menos que a sua mãe Francisca Lopes fosse a mulher do ferreiro da nossa freguesia. Isso, porque pode ser essa a explicação para o aparecimento do nome Ferreira.


Nos velhos tempos só os homens usavam apelido, as mulheres tinham apenas nome próprio e só um, não dois como agora. Não sei como funcionava nos outros países, mas em Portugal eram os párocos das freguesias que criavam os nomes das pessoas, seguindo velhos costumes, atendendo à vontade dos pais, ou inventando algo que lhe parecesse ajustado. A maioria das mulheres chamavam-se Maria ou Anna e isso criava uma grande dificuldade ao registar as crianças, pois repetia-se muitas vezes o nome do pai e metade das vezes a mãe era Maria, o que deixava poucas alternativas ao abade que já não tinha por onde escolher para evitar a confusão.
Um dia o ferreiro da aldeia apresentou-se para baptizar o filho e o padre perguntou-lhe qual o nome da mãe da criança. Maria, respondeu o ferreiro. Maria tinha sido também o nome da mãe de boa parte das crianças que tinha baptizado nos últimos tempos e assim, para criar alguma diferenciação, registou a criança como filha de fulano de tal e de Maria Ferreira (mulher do ferreiro). Foi ela a mãe e avó de todos os Ferreiras que há pelo mundo.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Casamentos - 1635 a 1640 !

Tinha deixado para trás os primeiros casamentos realizados em Macieira, talvez por serem os que menos curiosidade pudessem despertar as gentes que hoje habitam na minha freguesia. Acabei por verificar, no entanto, que esse interesse é quase nulo, tanto da parte dos mais velhos como dos mais novos, aqueles que estão mais a par das novas tecnologias e frequentam mais a internet.
Entretanto resolvi meter mãos à obra e consegui terminar, hoje, esse trabalho. E vou publicar aqui, em imagens, feitas a partir de uma folha de excel que tenho no meu computador, todos os casamentos realizados desde o primeiro registo paroquial conhecido até ao fim do ano de 1700.


Não podemos esquecer que há muita gente que morou em Macieira e aí criou os seus filhos e lá faleceu também, tendo casado fora, assim como há casais que deram o nó na nossa igreja (a velha) e foram morar para a terra do noivo ou noiva.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Os meus antepassados!


João Lopes, filho de Domingos Pires e Izabel Affonço da aldea de Penedo.
Anna de Araújo, filha de Pedro de Araújo e Maria Alvares, da aldea do Outeiro.
No dia 2 de Janeiro de 1666, celebrou-se o casamento destes dois filhos de Macieira, ele de Penedo e ela do Outeiro de quem descendo eu que também nasci no mesmo lugar do Outeiro, em 1944, quase 300 anos depois.
Uma das razões que me levou a meter-me nesta empreitada de decifrar os velhos registos paroquiais foi descobrir quem foram os meus antepassados. Ouvia dizer que a minha bisavó Eusébia era da família dos Jerónimos, mas não fazia a mínima ideia quem era esse Jerónimo. Agora sei que o Jerónimo era bisneto desta Anna de Araújo (referida acima) e a minha bisavó bisneta do Jerónimo que usava o apelido de Ferreira, herdado do seu pai, Manuel Ferreira, vindo da freguesia de Gueral para casar no Outeiro.
Por curiosidade devo referir que o Jerónimo foi a Goios escolher noiva, cujo nome era Maria Alvares, tal como a mais antiga mulher (conhecida) da minha família, a mulher de Pedro de Araújo. Falta-me saber se ele a foi também buscar a Goios.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Macieira na internet!

Em Macieira de Rates, já se sabe quem vai ganhar as eleições

26 set, 2017 - 15:00

Esta localidade de Barcelos, com 2.083 habitantes, é uma das 253 freguesias portuguesas onde só há uma lista na corrida autárquica.
A abstenção vai subir, mas vai ser o meu combate daqui até último dia de campanha", promete José Padrão.


"Andas aqui para quê? Tu não precisas". É o que ouve José Padrão, na primeira casa que visita na campanha eleitoral porta-a-porta que anda a fazer na freguesia em que se recandidata a presidente da Junta. Para as eleições de 1 de Outubro, não tem adversários: só há uma lista a concorrer à Assembleia de Freguesia de Macieira de Rates.
Esta localidade de Barcelos, com 2.083 habitantes, é uma das 253 freguesias portuguesas onde só há uma lista na corrida autárquica. A campanha eleitoral da candidatura única faz-se sem "outdoors" e sem "obras de véspera".
"De Maio para cá", não se fizeram obras "de vulto" na freguesia. José Padrão, 38 anos, confessa que, quando soube que não ia ter oponentes, mudou a estratégia de campanha. "Não vou fazer um investimento avultado em 'outdoors' e estruturas", assume. Se houver cartazes nas ruas, só mesmo para apoiar o candidato à Câmara Municipal.
Não há cartazes, mas há campanha. O candidato pela coligação PSD/CDS vai "correr a freguesia toda", "por respeito e consideração a todos os habitantes". Há uma dose de campanha diária depois das 18h00, para apanhar mais gente em casa. Bate ao portão, toca à campainha ou, quando não há, grita pelo nome. Aos que não estão em casa, deixa-se na caixa do correio uma caneta, uns panfletos da coligação "Mais Barcelos", umas moedas de plástico para pôr no carrinho de compras.
O "compasso", como lhe chama um dos elementos da lista, Armindo, continua. Há mais gente para "beijar a cruz". Ao portão vem um homem receber de bom grado a visita dos três políticos, mas está confuso: "Vejo aí os cartazes e não há oposição". "É porque eles [a oposição] acham que está tudo bem", responde o presidente da junta.
José Padrão fala num "voto de confiança" que foi dado à sua equipa. "Considero que as pessoas que não se reviam no nosso projecto, agora, confiam. Deram-nos esse crédito e ficamos sozinhos a concorrer à junta". Para além da requalificação da ponte do Verdeal e do campo de futebol da terra, o que mais orgulha este autarca é mesmo a união que diz ter conseguido criar nesta freguesia.
"Eu penso que uni um bocadinho mais a freguesia e as pessoas pacificaram a forma como olham para a política da freguesia". É esta a primeira vez que Macieira só tem uma lista a concorrer à Assembleia de Freguesia, segundo José Padrão. Agrada-lhe que a democracia multipartidária funcione, mas a sua experiência na Junta desde 2005 ensinou-lhe que "quando há mais que uma lista, infelizmente, as pessoas entram por caminhos de ataques pessoais e calúnias".
Ao balcão do café, ao lado do edifício da Junta de Freguesia, não causa estranheza que haja um única lista. Afinal, Macieira é um bastião social-democrata. "Foi sempre PSD, por aqui, com maioria. Agora, continua PSD e está tudo sempre bem, temos boas obras aqui feitas", afirma Bernardo Campos, proprietário do Café Confiança.
 
"O sossego é bom, mas..."


Ao balcão do café, ao lado do edifício da Junta de Freguesia, não causa estranheza que haja um única lista. Afinal, Macieira é um bastião social-democrata. "Foi sempre PSD, por aqui, com maioria. Agora, continua PSD e está tudo sempre bem, temos boas obras aqui feitas", afirma Bernardo Campos, proprietário do Café Confiança.

Não há conflitos em Macieira de Rates
Ao balcão, lembra-se de Francisco Sá Carneiro e de Camilo Castelo Branco, homens com ligações à região. Enquanto termina um copo de vinho, Joaquim Carvalho lembra o antigo presidente da Junta, que esteve no poder 32 anos. José Novais é o actual líder da concelhia do PSD e é recordado por Joaquim como a pessoa que "montou aqui a Cruz Vermelha", "o posto médico" e "criou aqui muita coisa".
O dono do café não é de Macieira de Rates, mas está na freguesia há 30 anos. Acha que a população se "sente bem" e "não há conflitos de campanhas uns contra os outros". Joaquim Carvalho arrisca mesmo dizer que "agora, nem oposição há, toda a gente está contente".
Campos, como é chamado pelos clientes, gosta do pacifismo na freguesia, mas também não o incomodava um pouco de oposição. "O sossego é bom, mas haver um bocado de braveza também é bom", sentencia o proprietário do Café Confiança.
A agricultura e a produção de leite são as actividades económicas fortes da aldeia. É com um produtor que continua a campanha. "Quer ajuda?", brinca José Padrão com o agricultor. O presidente da Junta é que precisa de ajuda na sua difícil tarefa de manter a abstenção no nível da última eleição (23%), quando foi eleito presidente pela primeira vez.
Por este eleitor, a abstenção não sobe, mas o seu filho "nunca votou". José Padrão promete falar com ele para lhe mudar de ideias: "Eu, se o vir, falo com ele. No Facebook, até é mais fácil apanhá-lo".
José Padrão precisa de que as pessoas vão às urnas para legitimar democraticamente o seu mandato. E para que votem no candidato à Câmara, que apoia. "A abstenção vai subir, mas vai ser o meu combate daqui até último dia de campanha", promete.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Ano Novo!

Bem vindas ao novo ano de 2017, gentes de Macieira!
Pelas estatísticas do blog vejo que há quem continue a passar por aqui, embora não deixe qualquer comentário. Desejo a todos que tenham um ano recheado de coisas boas, começando pela saúde que é o bem mais precioso de todos. Havendo saúde o resto vem por acréscimo.