quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Cemitérios, enterros!


Costume estranho esse de enterrar as pessoas dentro das igrejas. Só se entende isso à luz da vida nos séculos XVI e XVII, pois logo que a população começou a aumentar, já não havia hipótese de ficarem todos dentro da igreja e aí começou a segregação. Os mais ricos ficavam dentro da igreja e os mais pobres passaram para o adro.

Era o tempo da primeira igreja, que se conheça, pois sempre ouvi dizer que, antes disso houve uma outra no Monte do Adro, igreja que ficava onde hoje está a casa do Tio Manel do Junqueiro ou dos seus descendentes. Anos mais tarde, já nem o adro da igreja era suficiente e foi necessário escolher um cemitério público que ficava do lado sul dessa igreja, à margem do caminho que seguia para o Luvar, do lado direito.


E já no século XIX, depois da construção da nova igreja, no lugar do Outeirinho, foi expropriado a um lavrador da freguesia o Campo da Agra e inaugurado o cemitério que hoje conhecemos. Como curiosidade, o primeiro enterro nesse cemitério foi, exactamente, o do antigo dono do terreno que assim manteve uma espécie de titularidade sobre o seu terreno, mesmo que imaterial.


Vou fazer umas pesquisas e tentar saber as datas exactas destas mudanças e se o conseguir, voltarei aqui para fazer uma adenda a esta publicação.

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