domingo, 25 de agosto de 2024

Rua das Correias!

 Há dias, encontrei-me com o J. Novais (ex-presidente da JF) e perguntei-lhe se conhecia a razão de terem dado o nome de Rua das Correias à rua onde morava o avô do Amaro que eu visitei muitas vezes no regresso da escola. A resposta veio com um sorriso de vaidade, dizendo que foi ele o inventor de todos os topónimos da freguesia, quando esteve na JF e a Rua das Correias, porque morava lá uma velhota chamada Anna Correia da Silva, a última resistente que era, nem mais nem menos a avó do Amaro.

Nascida em 1880, filha de José Correia da Silva (apelido vindo de Arcos, alguns anos antes), do lugar do Rio, casou com o avô do Amaro, em 1906, vindo a falecer, em Dezembro de 1961, data em que eu já morava em Touguinha, freguesia do concelho de Vila do Conde.

Por qualquer razão ficou mais conhecida a avó que o avô do Amaro, dando o nome à rua, onde viveu até a morte a levar. No entanto, o lugar do Formigal, a que a rua pertence, era uma espécie de feudo da família Mattos, desde que esse apelido viera de Rates. Seria por isso mais lógico que a rua tivesse recebido o nome do avô e não o da avó do meu amigo Amaro.

Uma vez que não tenho acesso aos registos posteriores a 1910, não sei quantos filhos teve este casal. Há dois que nasceram antes da queda da Monarquia, a Clara e o António (pai do Amaro), mas podem ter nascido mais algumas filhas que sobreviveram à mãe, povoando essa tal rua até aos fins do século XX. E talvez fossem essas "Correias" que o Eng. Novais conheceu e o levaram a baptisar a rua em sua homenagem.

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Ainda o nome Macieira!

 

Já publiquei vários documentos a respeito da família Macieira, oriunda da família Martins de Modeste, mas neste é mais fácil perceber a evolução.

Do Manuel Martins nasceu Bernardina, da Bernardina nasceu Manuel, do Manuel nasceu Paulino e deste nasceu António que é o último membro da família Macieira nascido no tempo da Monarquia e dos Registos Paroquiais a que tenho acesso na internet.

O Luis, irmão de Paulino, também casou em Macieira e teve vários filhos, mas decidi excluí-lo desta imagem, uma vez que andava apenas à procura dos ascendentes  da Casa do Paulino de Modeste. O actual dono dessa casa pode ser um filho, ou talvez um neto, do António, nascido em 1910.

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Macieira, o nome e a fruta!


 Já li várias teorias a respeito do nome de Macieira  tentando ligar o nome da terra ao nome de uma pessoa que foi dono destas terras que, actualmente, compõem a nossa freguesia. Até pode ser verdade, mas eu prefiro a teoria dos brasileiros que atribuem o nome da sua Macieira (Prefeitura de) a uma macieira que existia junto ao paiol dos tropeiros que deu origem à povoação, a qual passou a Prefeitura já nos finais do Século XX.

Não há fruto mais bonito que a maçã e por consequência a árvore que a produz e a freguesia que recebeu o seu nome.

Talvez tenha existido gente a usar o nome de Macieira, mas é quase certo que nunca moraram na nossa freguesia, seriam apenas os donos das terras de onde os lavradores tiravam o seu sustento e o foro que eram obrigados a pagar ao seu dono e senhor.

O nome voltaria a ser usado e, desta vez com documentos que o atestam, em tempos mais recentes. Manuel, filho natural de Bernardina Martins, de Modeste, herdou esse título ninguém sabe como. Mas eu, como sempre, tenho uma teoria que explica isso. Sendo filho de pai incógnito o Manuel só teria direito a um apelido, o Martins de sua mãe, mas quis esta que ele usasse outro que substituísse o do pai ausente. E registou-o como Manuel Martins (de) Macieira. O Paulino que deu origem à casa e família que ainda hoje existe, no lugar de Modeste, é descendente directo deste Macieira e nasceu em 1884, assim como o seu filho António, nascido em 1910.

Talvez eu tenha já abordado este assunto, no passado, mas falar de Macieira nunca me cansa!

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Lenda da «Mulher Morta»!

 Há dias, a respeito da Festa de S. Tiago, li que iam fazer uma encenação teatral desta lenda que teria dado o nome à zona da freguesia que liga as 3 freguesias, Courel, Rates e Macieira.

Há alguns anos atrás, num dos meus blogs, fui eu que publiquei essa lenda, mas deixei bem claro afirmando que não a ouvira da boca de ninguém, era apenas uma ideia criada por mim para explicar esse estranho nome. Agora, parece que alguém conhece outra lenda, ou então, aceitaram a minha como única e verdadeira!