quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Quim do Matos do Outeiro!


Mais conhecido pela alcunha de "Pimpa", ele foi meu colega de escola na 4ª Classe. Nos morávamos a menos de duas centenas de metros um do outro e era, por conseguinte, normal que nos juntássemos quase todos os dias nas habituais brincadeiras próprias da nossa idade.

O que me ficou gravado para sempre na memória foi a nossa aprendizagem a cavalgar, no lombo de uma burra que era pertença da sua família. A desculpa para a mãe dele é que íamos levá-la a pastar pelos caminhos, dali até à fonte, e aproveitávamos para ir montados nela, à vez.

Mal sabia eu que ele, cerca de 10 anos depois, se juntaria a mim na Marinha de Guerra Portuguesa - ambos cumprimos o Serviço Militar Obrigatório nessa arma - embora nunca o tenha encontrado lá, pois seguimos caminhos diferentes. Eu fui para a Escola de Fuzileiros, em Vale de Zebro-Barreiro, no mês de Março de 62 e ele para a Escola de Alunos Marinheiros, em Vila Franca de Xira, em Setembro do mesmo ano. Poucos meses depois de jurar bandeira, eu segui para Moçambique e ele, tanto quanto consegui apurar, passou por Angola, embarcado num dos navios de guerra da Armada.

E só soube desta particularidade depois de ele ter falecido, levado por uma doença oncológica que lhe destruiu os pulmões. Se tivesse sabido a tempo, tê-lo-ia visitado e teríamos conversado sobre as nossas experiências como marinheiros. Agora descobri que ele tem um filho emigrado em França (chama-se Pedro) e foi ele quem me enviou esta foto que aqui deixo publicada.

domingo, 23 de fevereiro de 2025

Martins, apelido antigo, em Macieira!

 


O apelido Martins já existia em vários lugares da freguesia, quando se começaram a fazer os Registos Paroquiais. Por exemplo, este Martins que se casou, em 1675, era filho de Christóvão Domingues e de Maria Martins do Luvar. E havia também várias famílias, vê-se pelos assentos de baptismo, nos lugares de Penedo, do Rio, do Outeiro e de Modeste. Este assento de casamento (imagem acima) refere-se ao Domingos, filho de Maria Martins do Luvar e que ficou a viver em Modeste, foi o primeiro da família Martins a aparecer nos registos de casamento.

Eu gostaria de descobrir a origem do nome, mas com os documentos que tenho é impossível.

Acima podem ver o nome dos casais que estavam a baptisar filhos, na altura em que se iniciaram os registos. E o costume de escolher o apelido da mãe dificulta muito a vida a quem faz estas pesquisas. E sei que havia Martins nas freguesias à  volta de Macieira, Courel, Negreiros, Gondifelos, etc.

Por essa razão vou abandonar este assunto, considerando que o Pedro Martins e a sua mulher Maria Martins do lugar do Rio que baptisaram um filho em 1637, eram os mais antigos na nossa freguesia, a par com a Maria Martins, do Luvar, que era a mãe do noivo que aparece no registo acima.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

O Sr. Ferreira!

 Há dias, quando passei pela Fonte do Outeiro, olhei lá para o alto, onde se situa a casa dos Ferreiras, e fiquei a magicar se seria aquela a casa do avô Jerónimo Ferreira. O actual dono da casa chama-se Manuel Ferreira, tal e qual como se chamava o pai do avô Jerónimo, quando veio de Gueral casar com uma filha da casa dos Araújos.


Um dia vou ter que investigar essa possibilidade, pois assim poderia estabelecer o lugar do ninho onde nasceu a minha família ancestral. Se alguém passar por aqui e saiba o nome do pai ou avô do actual proprietário, peço que mo deixe aqui num breve comentário, para me servir de ponto de partida.

É bom saber de onde viemos. Jerónimo, depois José e Joaquim até chegar à minha bisavó Eusébia, cujo nome ainda hoje é recordado, em Macieira. E que é também o último membro da minha família a ser sepultado no cemitério da Agra. Depois disso, a família emigrou e a sua única filha e neta (também única) viriam a ser sepultadas no cemitério de Touguinha, fregesia do concelho de Vila do Conde.