Não, não é de meteorologia que se trata, mas sim do tempo que medeia entre a nossa vinda a este mundo e a partida que está escrita no livro do nosso destino, a que, por sorte ou azar, não temos acesso.
Cada um de nós faz o que quer com esse tempo. Bem, deixem-me corrigir esta afirmação que está mal formulada. Uns são escravos do tempo e fazem aquilo que podem e quando podem, enquanto que outros podem fazer o que lhes der na real gana, pois nada há que os impeça. Felizmente, até hoje, é esse o meu caso.
Passei meses a copiar os assentos de baptismo e casamento do povo da minha terra, para saber de onde vim e quem foram os meus antepassados, o que consegui, mas nunca dei grande importância aos óbitos, pois depois de morto nada mais interessa. Mas estava, redondamente, enganado, pois há casos em que não se conseguem encontrar pistas de algumas pessoas, pela simples razão de terem morrido pouco depois de nascer.
Por isso, voltei ao assunto e estou a copiar os assentos de óbito. Comecei pelo fim e vou andando para trás, no tempo, de modo a encontrar respostas para os casos mais recentes, ou seja, daqueles que foram meus contemporâneos. Já estou a trabalhar no ano de 1906 e, em breve, entrarei pelo século XIX adentro.
Depois vos trarei aqui algumas curiosidades, uma das quais é o grande número de crianças falecidas em Macieira, nos princípios do século XX, assim como gente nova que não chegou aos 30 anos de vida. A estudar o passado entende-se melhor o presente!
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