Tiago nasceu na Galileia e era filho de Zebedeu e Salomé, segundo as Sagradas Escrituras. Era irmão de João Evangelista, ambos pescadores. É sempre citado como um dos três primeiros apóstolos, juntamente com Pedro e André.
A vida de Tiago muda quando aceita o convite de Jesus para ser “pescador de homens”, como narra o Evangelho de São Mateus: “Jesus viu dois irmãos, Tiago de Zebedeu e João, seu irmão, que, junto com o pai, ajeitavam as redes no barco. Eles, imediatamente, deixaram o barco e seu pai, e o seguiram”.
Está quase a chegar o dia em que se celebra este santo, na nossa freguesia de Macieira. Conta-se e não há quem o negue ou confirme que o apóstolo Tiago, irmão de João, passou por Rates e seguiu viagem até Compostela, onde celebrou missa e pregou a nova religião, tal como Jesus de Nazaré a ensinou, a religião do amor ao próximo - amai o próximo como a vós mesmos.
Ainda não se chegara ao meio do primeiro século da nossa era - este apóstolo foi martirizado e decapitado na ano 44 - e a nossa freguesia de Macieira não deveria ainda existir. Mas já existia o Caminho que vindo do sul, ligava Rates a Compostela, não por causa do santo que ainda era vivo e só foi santificado muito tempo depois, mas por causa do comércio que ligava a região do Porto ao norte da Península por razões económicas.
Caminho esse que o apóstolo seguiu espalhando a palavra de Deus a todos com quem se cruzava. Entre as elevações de Rates e Courel existe uma baixa densamente arborizada e atravessada por um regato, onde os almocreves paravam os seus animais e descansavam da longa jornada. Tal como, hoje, existem, plantadas pelo pessoal da Junta de Freguesia, devem ter existido também macieiras, na orla desse caminho e nas margens desse regato.
Eu acredito nessa teoria de terem sido esses almocreves e outras gentes que usaram esse caminho, também denominado, mais tarde, como Estrada Real, quem deu o nome de Macieira a esse local de descanso, entre o Porto e Barcelos. Há ainda quem acrescente que também recebeu o mesmo nome o outro lugar, Macieira de Vilarinho, primeiro ponto de descanso, depois de sir do Porto, em direcção a norte.
Carregadas as mercadorias e atrelados os bois, cavalos ou mulas aos respectivos carros punha-se toda a gente em movimento, sabendo já que entre o ponto de partida e a cidade de Barcelos haveria duas paragens, no lugar das macieiras, tanto na de Vilarinho como na de Rates. Ali se descansava, se tomavam as refeições e se dormia até ao nascer do sol, hora em que se retomava a viagem.
Lembro aos macieirenses que, no dia 25 deste mês, devem ir até ao lugar da «Mulher Morta», onde foi construído o parque de descanso dos peregrinos, e dirigir uma prece ao santo que veneramos, lembrando a data em que ele por ali passou evangelizando as gentes do noroeste da Península, muitos anos antes de existir Portugal.
Muito bem, meu irmão.
ResponderEliminarMuito bem em relação ao nome à depois os livros de história que falam num nobre do tempo dos alcaides Faria.... Tenho por casa um livro sobre isso
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