domingo, 14 de julho de 2024

S. Tiago o mata-mouros!

 

Vem aí a festa de S. Tiago e quanto mais soubermos a seu respeito, melhor!

Tiago, o apóstolo de Jesus, já devia ser um homem (maior de idade) quando Jesus o convidou a segui-lo e transformar-se num pescador de homens. Como foi martirizado e decapitado com a idade de 44 anos, vamos concentra-nos naquilo que teria feito nos seus últimos 20 anos de vida.

Após a morte do seu mestre e da descida do Espírito Santo sobre todos os apóstolos reunidos, pelo desígnio de Deus, partiram estes em todas as direcções para espalhar a palavra sobre a nova religião, o Cristianismo. O Médio Oriente, como seria lógico, seria a zona primeira, onde essa palavra foi conhecida, com a Grécia e a Turquia em grande destaque.

Por razões que ninguém conhece o apóstolo Tiago veio parar à Península Ibérica e envolveu-se na luta contra os mouros que, por essa altura, ocupavam a maior parte daquilo que é, hoje, o reino de Portugal e de Espanha. Digamos que a fé cristã foi imposta à espadeirada e não com palavrinhas mansas aos infiéis que no primeiro século da nossa era viviam no norte de África e se espalharam para a nossa península (Hispânica, no dizer dos romanos).

A sua luta começou mais a sul, naquilo que hoje é a Estremadura espanhola, mas veio viajando para norte, no cumprimento da ordem de Jesus - ide e espalhai a minha palavra - chegando à zona da Finisterra. Segundo a crença, ou a lenda, celebrou missa num altar de pedra, não muito longe de Compostela e dando por concluída a sua missão regressou a Jerusalém, onde foi preso e morto pelas autoridades romanas que eram quem ali mandava, nesse tempo, e não aceitavam ainda o Cristianismo.

Depois da sua morte, o seu corpo foi recolhido por alguns fiéis e metido numa arca de pedra, a qual foi trazida até à Galiza num barco de pescadores, por saberem que foi nessa terra que viveu o período mais importante da sua curta vida. E, no mesmo lugar onde celebrara a primeira missa, foi enterrado e em breve passaria ao esquecimento das gentes que tinham muito mais coisas com que se preocupar.

Alguns séculos depois, com o Cristianismo já aceite em Roma e em franca progressão por toda a Europa, a Igreja e os seus dirigentes mostraram grande interesse em descobrir o local, onde o santo foi enterrado, e transladar os seus restos mortais para a catedral de Compostela, onde se diz (mas nunca foi provado) que repousam até hoje.

Daí as peregrinações a Compostela e os diversos caminhos que, de toda a Europa, levam os peregrinos até ao local sagrado, onde repousa S. Tiago, o apóstolo e mártir. Tal como aquele que vindo do sul passa em Macieira e segue para norte, até Valença, onde entra na Galiza!

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