Foi pároco de Macieira, durante um longo período, na primeira metade do Século XVIII. Tinha uma caligrafia mais legível que muitos outros párocos que passaram por Macieira, mas era muito preguiçoso na recolha de dados para fazer um bom registo, especialmente, nos de óbito.
Menciona o nome do falecido, esquece-se do estado, não faz qualquer referência aos menores de idade, mas perde muito "Latim" a mencionar os sacramentos que ofereceu ao morto e, em especial, se fez ou não testamento. Imagino que eram instruções específicas do bispo de Braga. No primeiro caso para provar ao povo a sua dedicação aos falecidos, preparando-lhe o caminho para conseguirem um bom lugar na outra vida. No segundo caso, para o bispo saber se a Igreja, ou o pároco, em nome próprio, beneficiou algo com o falecimento do paroquiano em questão.
Havia um superior hierárquico que visitava as paróquias uma vez por ano e reportava ao bispo o modo como eram feitos os registos e deixava aos párocos instruções precisas para corrigir alguma situação com que não concordavam ou tinha sido esquecida. Admiro-me de ainda não ter esbarrado em qualquer recado desse tipo deixado ao Padre Bento Álvares.
Outra coisa que eu gostava de descobrir era a sua filiação. Os Álvares mais modernos vieram de Santa Maria de Góios, mas ele já era adulto, no princípio do século e nessa altura já havia esse apelido na nossa freguesia, aliás, havia um Bento Álvares casado e pai de filhos, numa freguesia vizinha. Já tenho pensado se este não seria filho daquele!
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