quinta-feira, 17 de setembro de 2015

As minhas raízes!

Folheei os livros do ano de 1911 até ao ano de 1635, para encontrar o casal de quem descende a minha família, Pedro de Araújo e Maria Alvares.



Se eu tivesse uma fotografia de cada um deles, isto ficaria muito mais bonito, mas como não tenho o remédio é contentar-me com este boneco que não está mal de todo.





Deste simpático casal nasce, no longínquo ano de 1643, uma menina a quem, na Pia do Baptismo, foi posto o nome de Anna. Com a graça de Deus, a menina foi crescendo e fez-se mulher e sendo mulher quis casar-se e formar família.



João, filho de Domingos Pires e Izabel Affonso, foi o escolhido para seu par. Ainda não descobri se ambos os progenitores são de Macieira, mas com o andar dos meus estudos lá chegarei.
O que me interessa é que casaram no Ano da Graça de 1666 e fizeram aquilo que Deus mandou, crescer e multiplicar-se.



Um dos filhos deste casamento, nascido no ano de 1672, foi baptizado com o nome de António e coube-lhe a ele ser o continuador e contribuidor da minha árvore genealógica. O António não esperou ficar velho para se casar e aos 27 anos já tinha conseguido desencantar, na vizinha Villa de Rattes, uma noiva pronta para juntar ao dele o seu destino.


Illena, filha de Estêvão Manoel e sua mulher Maria Francisca, era o nome dessa mulher a quem coube criar a descendência que traria o seu nome até mim.
Tanto quanto consegui apurar, o António mais a sua mulher Illena tiveram 5 filhos sendo a mais nova de todos, de seu nome Rozália, quem ocupou o degrau seguinte na escada dos meus ascendentes.



Nesta fase da história há uma coisa que me custa a engolir, mas os documentos são aquilo que são e rezam que a Rozália nasceu em Julho de 1715 e casou em Agosto de 1727, com 12 anos apenas. Isto parece-me muito pouco plausível, mas depois de ler e reler os registos de baptismo e de casamento uma dúzia de vezes, não me resta outra alternativa senão aceitar que as coisas se passaram assim. Porque teria acontecido é um segredo que não há qualquer hipótese de ser desvendada agora.

Da aldeia da Ribeira, da vizinha freguesia de Gueral, veio o noivo deste estranho casamento. De 25 anos de idade, Manoel Ferreira viveu com a sua mulher durante seis anos sem que houvesse filhos, o que me parece razoável tendo em conta a tenra idade da jovem Rozália.
Conforme for publicando os baptismos do Século XVIII terei mais certezas quanto aos filhos nascidos deste casal, pois até agora encontrei apenas 3 filhos e com datas de nascimento um tanto ou quanto irregulares, 1733, 1736 e 1743, sendo este último, de seu nome Jerónimo, o continuador da da minha família.


Jerónimo deve ter herdado do pai a vontade de casar cedo, pois aos 21 anos de idade já tinha ido a Goios procurar noiva para se casar e trazer para a sua casa do Outeiro. Maria Alvares da Silva, filha de Joze da Fonseca e Maria Alvares, foi a escolhida para dar ao Jerónimo os herdeiros que manteriam viva a estirpe da família.

Ao que consegui apurar, nasceram deste casamento, no lugar do Outeiro, 7 filhos que usaram o apelido de Alvares Ferreira. O segundo desses filhos, nascido no ano de 1768, recebeu o nome de Joze e foi aquele que deu continuidade à nossa família, já relativamente próximo da nossa era, pois era o avô da minha bisavó Eusébia, a qual nasceu também na mesma casa do Outeiro, viveu alguns anos em Pedra Furada, foi casar a Barqueiros e regressou a Macieira, onde morreu e foi sepultada.

O Joze optou pela freguesia de Balazar, quando chegou a altura de namorar. Pode ser que houvesse alguma ligação de famílias que o tenha empurrado para lá, mas não o saberemos nunca e para a nossa história isso também não tem importância nenhuma.
Hilena Maria de Souza, assim se chamava e impôs o seu apelido à família, fazendo esquecer os Araújos, os Ferreiras e todos os outros que a antecederam.

 Cinco filhos nasceram do casal Joze e Hilena, duas raparigas primeiro e três rapazes depois. O segundo desses rapazes, nascido no ano de 1817, recebeu o nome de Joaquim, quando chegou a altura de se baptizar e calhou-lhe a missão de dar vida aos meus ascendentes que se seguiram.
Dos irmãos, a Maria, nascida em 1807, a Anna, nascida em 1809, o Manoel, nascido em 1814 e o António, nascido em 1821, pouco vos posso contar, pois preocupei-me apenas em descobrir qual dos filhos deu continuidade à minha família

O Joaquim, ao contrário do seu pai e avô, preferiu escolher para sua mulher uma moça de Macieira. Chamava-se Maria Isidória, filha de Manoel Joze Ferreira e de sua mulher Anna Maria, e deu ao seu marido nove filhos, o sexto dos quais veio a ser a minha bisavó Eusébia. Pessoas com a idade próxima dos 90 anos poderão lembrar-se ainda dela, do lugar de Talho ou de Trabassos, onde faleceu no ano antes de começar a II Guerra Mundial.
E por aqui me fico, pois a parte restante da história é recente de mais para despertar algum interesse aos poucos leitores que se aventuram a entrar neste blog

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